Uma semana após Elon Musk voltar atrás e decidir comprar o Twitter, o bilionário acusa a rede social de pedir a destruição de documentos confidenciais. A alegação indica que o ex-chefe de segurança da plataforma, Peiter Zatko, teria eliminado arquivos após um acordo de US$ 7,8 milhões com a plataforma, feito após a demissão do executivo.
O acordo milionário teria ocorrido antes do ex-funcionário apresentar queixa contra o Twitter. Em janeiro, quando foi demitido, Zatko acusou a empresa de não proteger dados confidenciais dos usuários e mentir sobre a segurança.
De acordo com documentos judiciais divulgados na segunda-feira passada, 10, Zatko afirmou ter destruído dez cadernos manuscritos e 100 arquivos de computador a pedido do Twitter, segundo depoimento dado em 3 de outubro. Os materiais continham informações sobre reuniões e encontros com colegas e parceiros de negócios.
Os advogados de Musk disseram que “a tentativa do Twitter de comprar o silêncio de Zatko falhou, mas o Twitter alcançou seu objetivo secundário de garantir que as evidências corroborantes de Zatko nunca fossem reveladas”, de acordo com documento não selado.
As novas alegações são parte de mais um capítulo da batalha entre Elon Musk e o Twitter, que foi parar na justiça americana. As falas do ex-chefe de segurança da rede social foram utilizadas pela defesa de Musk para apontar supostos problemas operacionais e de segurança na plataforma. O argumento foi usado como justificativa para a desistência da compra da empresa, por US$ 44 bilhões, em julho.
Ainda assim, para evitar o julgamento que estava agendado para 17 de outubro, Musk anunciou que deve concluir a compra, cumprindo a proposta com o preço original de US$ 54,20 por ação.
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