Ao menos 200 pessoas foram demitidas do Twitter no último final de semana, de acordo com o jornal americano New York Times, em uma nova rodada de cortes de vagas na companhia. A demissão em massa, que foi primeiro anunciada pelo site Plataformer, afetou diversos setores e não poupou nem uma das maiores entusiastas da “nova era” da rede do passarinho: Esther Crawford, chefe do Twitter Blue, também teve sua vaga cortada pela empresa.
A executiva estava na empresa desde 2020, quando o Twitter comprou sua startup de videochamada Squad e foi uma das primeiras a se apresentar à Musk quando o bilionário visitou a sede da empresa pela primeira vez.
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Em pouco tempo, Musk fez de Esther a chefe responsável pelo projeto do Twitter Blue, plano de assinatura pago da rede social, tornando-a encarregada da divisão responsável por “distribuir” o selo azul para os usuários — e que chegou no Brasil por R$ 60 reais mensais.
No começo do projeto, em novembro de 2022, Esther chegou a republicar uma foto sua dentro de um saco de dormir. A executiva estava no chão de um dos escritórios do Twitter e publicou que “Quando sua equipe está trabalhando sem parar para cumprir prazos, às vezes você dorme onde trabalha”.
Segundo o jornal, os cortes atingiram gerentes de produtos, cientistas de dados, engenheiros de machine learning e de confiabilidade de sites, funções que ajudam a manter vários dos recursos da empresa operando online. A equipe de infraestrutura de monetização, que mantém os serviços que geram receita para o Twitter, foi reduzida de 30 pessoas para menos de 8. Relatos de funcionários demitidos começaram a aparecer no último final de semana — em 17 de fevereiro, o Twitter fez outra rodada de demissões, desta vez na área de vendas publicitárias.
O Plataformer tentou contato com o Twitter, mas a companhia não comentou o assunto.
O Twitter fez um corte de cerca de 3,7 mil pessoas nos escritórios de todo o mundo, após Musk assumir o comando da companhia em novembro do ano passado. Para o CEO da Tesla, a justificativa era menos relacionada à crise e mais relacionada à forma como o Twitter deve seguir a operação sob a nova gestão. Ainda assim, problemas na captação de receita em publicidade e menor número de usuários monetizáveis foram fatores importantes para justificar as demissões./COM DOW JONES NEWSWIRE
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