O documentário O Dilema das Redes, da Netflix, vem repercutindo bastante nas últimas semanas, mostrando o perigo do uso das redes sociais e os impactos das plataformas na sociedade. Frente à discussão, o Facebook resolveu se posicionar: em resposta ao filme, a rede social publicou em seu site nesta sexta-feira, 2, uma carta em que acusa o filme de ser sensacionalista e oferecer “uma visão distorcida de como as redes sociais funcionam”.
Na publicação, o Facebook lista sete erros do documentário — e se defende de cada um deles. Entre as questões mencionadas, a empresa diz que não criou seus produtos para serem viciantes, e sim para criar valor, e também afirma que seus algoritmos não são “maus” e que eles funcionam para a plataforma continuar relevante e útil.
Além disso, o Facebook diz que fez mudanças na empresa para proteger mais efetivamente a privacidade das pessoas. A rede social também pontua que tem investido para garantir a integridade de eleições e para combater desinformação e conteúdos nocivos na plataforma. “Reconhecemos que cometemos erros em 2016. No entanto, o filme não considera o que temos feito desde então para construir fortes defesas a fim de impedir as pessoas de usarem o Facebook para interferir em eleições”, diz a empresa.
Na carta, o Facebook inclui também críticas à construção do documentário. “Os criadores do filme não reconhecem —criticamente ou não —os esforços já realizados pelas empresas para resolver muitas das questões levantadas. Em vez disso, eles apresentam comentários de quem não está do lado de dentro há muitos anos”, afirma.
O documentário O Dilema das Redes detalha como as redes sociais usam algoritmos para fazer com que os usuários permaneçam na plataforma e mostra como empresas de tecnologia influenciam eleições e afetam índices de depressão e suicídio. Alguns usuários chegaram a excluir contas nas redes sociais depois de assistir ao filme.
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