A Meta pode lançar um plano de assinaturas para acabar com publicidades nos Instagram e Facebook, afirmou o jornal americano The New York Times. A opção seria apenas para o mercado europeu, local onde a Meta sofre com a pressão regulatória por conta da GDPR, uma espécie de Lei Geral de Proteção de Dados. Assim, a empresa diminuiria a acusação de uso indevido de dados de usuários.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 1º., depois que o New York Times ouviu três pessoas que trabalham na empresa, mas que não quiseram ser identificadas. Mesmo com as opções sem anúncios — que não usariam dados dos usuários para direcionar publicidade personalizada —, a Meta continuaria oferecendo as versões gratuitas dos apps para a União Europeia.
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Também não se sabe qual seria o valor da assinatura. Atualmente a companhia de Mark Zuckerberg tem um plano chamado Meta Verified, que permite que usuários paguem pela verificação das contas e por ferramentas extras. O plano custa R$ 45 mensais se for adquirido pela web, e R$ 55 mensais se for adquirido pelo aplicativo.
Em maio deste ano, a Meta foi multada em 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 6,5 bilhões) pela União Europeia por envio de informações de usuários aos EUA, em uma punição recorde do bloco em assuntos de privacidade. A acusação era a de que a companhia vem, há anos, armazenando dados de usuários europeus de forma ilegal em seus servidores americanos.
Com isso e outras queixas já declaradas pela UE, a Meta tenta burlar as punições da GDPR e ainda manter seu público — e a receita — vinda dos usuários europeus. Mas reflexos já são observados na diferença dos produtos da empresa no velho continente e no restante do mundo: a rede social mais recente de Zuckerberg, o Threads, criado para competir com o X (ex-Twitter), não foi lançado na UE e não tem previsão para chegar aos países do bloco.
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