A Meta, holding de Facebook, Instagram e WhatsApp, vai aceitar a decisão da Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) de vender a Giphy, biblioteca virtual de GIFs — imagens animadas — depois de dois anos de pressão do governo europeu. A CMA entrou com o pedido de venda nesta terça-feira, 18, e o acordo de compra foi concluído por US$ 315 milhões.
A Giphy, sediada nos EUA, foi adquirida pela Meta em 2020 por US$ 400 milhões e tem enfrentado ações desde então, com a alegação de truste e prejuízo à concorrência entre redes sociais e até anunciantes britânicos. Em novembro de 2021, a CMA recomendou a venda da empresa após investigações.
Leia também
Apesar de ter sido condenada a vender a Giphy ano passado, a Meta recorreu à justiça britânica para revisar a decisão. Nesta terça, porém, a CMA informou que a dona do Facebook falhou em cinco das seis objeções apresentadas em seu recurso e, portanto, cedeu à decisão de venda. A CMA vai supervisionar o processo de venda e selecionar possíveis compradores para a empresa.
“Este acordo reduziria significativamente a concorrência em dois mercados”, afirmou o presidente do painel de investigação independente da CMA, Stuart McIntosh, em um comunicado. “Isso já resultou na remoção de um potencial desafiante no mercado de anúncios do Reino Unido, ao mesmo tempo em que deu à Meta a capacidade de aumentar ainda mais seu poder de mercado substancial nas mídias sociais. A única maneira de resolver isso é com a venda do Giphy.”
Anteriormente, as ordens da CMA influenciaram empresas a vender apenas parte das suas operações, mas a Meta confirmou que vai vender a Giphy por completo.
Em comunicado, um porta-voz da dona do Facebook disse: “Estamos desapontados com a decisão da CMA, mas aceitamos a decisão de hoje como a palavra final sobre o assunto. Trabalharemos em estreita colaboração com a CMA no desinvestimento da Giphy.”
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.