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Facebook prepara sua defesa diante de pressão antitruste, diz jornal

O governo americano pode divulgar os resultados de sua investigação antitruste no final deste mês

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Por Redação Link
Atualização:
Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook Foto: Tom Brenner/The New York Times

O Facebook está preparando sua defesa frente à pressão de reguladores antitruste. Segundo o Wall Street Journal, que teve acesso a um documento interno da empresa, caso o governo americano decida pela separação dos produtos da rede social, como Instagram e WhatsApp, a companhia pretende argumentar que a medida custaria bilhões de dólares e prejudicaria os consumidores. 

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De acordo com a reportagem do jornal, no documento de 14 páginas preparado por advogados da empresa, o Facebook alega que as aquisições do Instagram e do WhatsApp receberam aprovação da Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês). 

A rede social argumenta também que investiu enormes quantias de dinheiro em ambos os projetos depois de integrá-los às suas operações, e que uma separação exigiria um gasto de bilhões de dólares para executar os sistemas das plataformas separadamente — o Facebook afirma que a medida reduziria a segurança nas redes sociais e consequentemente prejudicaria a experiência dos usuários. 

O professor da Universidade de Columbia Tim Wu, criador do conceito de neutralidade da rede, disse ao Wall Street Journal que usar a postura do governo no passado para tentar evitar uma medida atual é um “argumento fraco”. Ele explica que as decisões tomadas pela FTC em ambas as aquisições reservam o direito de serem revisitadas no futuro.

O Facebook não comentou o assunto. Rumores apontam que o governo americano pode divulgar os resultados de sua investigação antitruste no final deste mês. 

A companhia comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014. Em julho, o presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, admitiu perante o Congresso dos EUA que comprou o Instagram por vê-lo como um rival. Na ocasião, referindo-se à compra do WhatsApp, o executivo também disse que o aplicativo "ao mesmo tempo era um competidor e um serviço complementar". 

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