Google apoia envolvimento da OCDE em imposto digital, diz presidente

Medida tem sido discutida e as negociações envolvem mais de 100 países na reformulação de regras tributárias

PUBLICIDADE

Por Agências
Países que apoiam a tributação alegam que empresas de tecnologia na internet lucram sem pagar impostos o suficiente Foto: Brandon Wade/Reuters

O Google apoia uma solução multilateral de tributação de serviços digitais que está sendo discutida pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), disse o presidente executivo da companhia, Sundar Pichai, em entrevista à agência de notícias Reuters.

PUBLICIDADE

As negociações da OCDE envolvem mais de 100 países em uma grande reformulação das regras tributárias globais para atualizá-las para a era digital, mas até agora elas não produziram resultados, com as conversas sendo prejudicadas pela pandemia de coronavírus.

Pichai disse que é importante confiar nas estruturas da OCDE, o que ele chamou de "abordagem correta". "Não é (um problema) para uma empresa individual resolver", disse Pichai. "Nós apoiamos o envolvimento da OCDE."

Os países que impõem impostos sobre serviços digitais veem isso como uma maneira de aumentar sua receita resultante de operações locais de grandes empresas de tecnologia, que, segundo eles, lucram enormemente sem pagar impostos o suficiente.

Publicidade

O Google e outras empresas de tecnologia também continuam enfrentando uma série de obstáculos regulatórios em todo o mundo, à medida que os governos impõem mais controles sobre como as grandes empresas de tecnologia usam e processam dados de bilhões de usuários.

Em termos dos regulamentos de dados em desenvolvimento em vários países, Pichai defendeu uma abordagem equilibrada para a formulação de políticas que promova a inovação.

"É importante encontrar o equilíbrio na proteção da privacidade de seus cidadãos, permitindo o fluxo livre de produtos e serviços", disse Pichai. "Esse é o potencial de uma economia digital. A força da internet está no fato de que ela funciona globalmente."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.