O Google foi obrigado a aceitar um acordo com multa milionária na Califórnia (EUA) após acusações de que estava rastreando a localização de usuários mesmo quando a ferramenta de GPS estava desligada, informou a agência de notícias Associated Press.
O acordo fixou uma espécie de multa para a gigante de tecnologia no valor de US$ 93 milhões (R$ 453 milhões). A empresa enfrenta outros processos em mais 40 estados, no valor total de US$ 391,5 milhões (R$ 1,9 bilhão). Esses acordos estavam ligados a uma análise de novembro de 2022 também sobre a privacidade da localização dos usuários.
A investigação dos estados foi desencadeada após reportagem da Associated Press de 2018, que descobriu que o Google continuava a rastrear os dados de localização das pessoas, mesmo depois que elas optavam por não fazer esse rastreamento, desativando um recurso que a empresa chamava de “histórico de localização”.
“Nossa investigação revelou que o Google estava dizendo uma coisa a seus usuários, mas fazendo o oposto e continuando a rastrear os movimentos de seus usuários para seu próprio ganho comercial. Isso é inaceitável, e estamos responsabilizando o Google com o acordo de hoje”, disse o procurador-geral da Califórnia Rob Bonta em um comunicado.
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Como parte do acordo, no qual o Google não admitiu nenhuma irregularidade, a empresa também concordou com uma série de restrições, incluindo o fornecimento de mais transparência sobre o rastreamento de localização, a divulgação aos usuários de que suas informações de localização podem ser usadas para personalização de anúncios e a exibição de informações adicionais aos usuários ao ativar as configurações de conta relacionadas à localização.
“Consistente com as melhorias que fizemos nos últimos anos, resolvemos essa questão, que foi baseada em políticas de produto desatualizadas que mudamos anos atrás”, disse o Google em um comunicado./COM AP
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