A nova versão do ChatGPT, intitulada GPT-4o, foi anunciada pela OpenAI na segunda-feira, 13, e passou a ser disponibilizada gratuitamente no mesmo dia, inclusive no Brasil. Com maior velocidade e agilidade nas respostas, o chatbot agora tem acesso à internet em tempo real, não se limitando mais às informações disponibilizadas até um período específico.
Para usar o GPT-4o, basta acessar o site chat.openai.com ou o aplicativo do celular (Android, iOS). Quando vir a mensagem “Apresentamos o GPT-4o”, basta clicar no botão “Experimente já”.
Se a tela não aparecer para você, talvez a função ainda não tenha sido disponibilizada na sua conta. Neste caso, vale testar deslogar da sua conta e acessá-la novamente. Outra forma de utilizar o GPT-4o é assinando o ChatGPT Plus.
Para se certificar de que você está utilizando a última versão do ChatGPT, basta olhar para os ícones localizados abaixo das respostas do chatbot. Se você encontrar um ícone de “brilho”, você está no modelo correto. Ali, inclusive, é possível trocar para a versão 3.5 do chatbot, mais antiga. Na nova versão, o menu suspenso que indicava a versão da tecnologia, que antes ficava localizada na barra superior, não existe mais.
Outra forma de saber se você está na versão mais atualizada é perguntar diretamente para o próprio chatbot.
ChatGPT tem integração com Google Drive e OneDrive
Além das novidades anunciadas no começo da semana, a OpenAI apresentou uma integração com o Google Drive e o OneDrive, permitindo adicionar arquivos diretamente no chatbot, sem a necessidade de download. Além disso, a IA agora é capaz de interagir dinamicamente e em tempo real com tabelas, gráficos, textos e apresentações.
Desta forma, não será mais preciso que você faça o download de um arquivo se quiser que o ChatGPT analise seus dados, bastando “puxar” a última versão do arquivo diretamente do Google Drive ou OneDrive.
Essa atualização dá ao ChatGPT a habilidade de entender conjuntos de dados e completar tarefas em linguagem natural. A ferramenta será capaz ainda de escrever e executar código Python por você, lidando com grandes conjuntos de dados e criando gráficos de forma autônoma.
Para usar o recurso quando ele for disponibilizado, na tela do chatbot, basta clicar no botão de anexar (um ícone de clipe metálico, localizado à esquerda na barra de prompt), selecionar “Conectar ao Google Drive” ou “Conectar ao Google Docs” e, após dar acesso do ChatGPT ao serviço desejado, selecionar o arquivo com o qual deseja trabalhar.
Leia também
Mais rápido e inteligente
O GPT-4o agora é capaz de realizar processamento multimodal, gerando conteúdo em texto, áudio, imagem e vídeo simultaneamente. Superando seus antecessores ao integrar modalidades de áudio e visão, a IA tem uma compreensão mais profunda e uma gama mais ampla de expressões. A OpenAI afirma que agora o modelo tem tempos de resposta comparáveis aos humanos e uma experiência de comunicação mais natural e intuitiva.
Além de ser duas vezes mais rápido no processamento de respostas, o GPT-4o é 50% mais barato que as versões anteriores, tornando a tecnologia mais acessível para desenvolvedores e usuários finais. A OpenAI também está comprometida em garantir a segurança em todas as modalidades, implementando sistemas robustos de proteção.
As demonstrações da OpenAI apontam para várias utilidades do ChatGPT-4o. Por exemplo, por meio de aplicativo no celular, o modelo de IA consegue auxiliar na resolução de equações escritas em folha de papel (e não mais em interface de computador), graças ao acesso à câmera do smartphone, que funciona como o “olho” da IA. A ferramenta também consegue descrever com detalhes um ambiente para uma pessoa com deficiência visual, por exemplo.
O chatbot também demonstrou ser capaz de ler emoções humanas, diferenciando felicidade de tristeza na expressão facial de alguém, algo inédito até aqui.
Além disso, o ChatGPT consegue manter conversas como um assistende de voz pessoal, com uma voz bastante natural e pouco robótica. A OpenAI afirma que o novo sistema oferece respostas por áudio em 320 milisegundos em média, similar à resposta humana numa conversa.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
