Itaú abre centro de pesquisa focado em IA, computação quântica e outras tecnologias

Rede engloba USP, UFG, UFPR e universidades americanas; 80 pesquisadores fazem parte do projeto

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Foto do author Bruno Romani
Atualização:

O Itaú anunciou nesta quinta, 10, a abertura de um centro de pesquisa e ciência focado em inteligência artificial (IA), computação quântica, robótica e outras tecnologias que podem ter impacto direto e indireto no sistema financeiro. O Instituto de Ciência e Tecnologia (ICTi) foi criado em parceria com uma rede universidades brasileiras e internacionais, que envolvem 80 pesquisadores, que atuam com bolsa remunerada.

A instituição, cujo investimento não foi revelado pelo banco, já nasce com 50 pesquisas em andamento: 37 na área de IA (incluindo visão computacional, inferência casual, machine learning e processamento de linguagem natural) e 13 na área de computação quântica (incluindo algoritmos quânticos, criptografia pós-quântica, hardware quântico e randomness). A rede também almeja desenvolver pesquisa realidade estendida, neurociências e robóticas.

A instituição, fomentada pelo itaú, cujo investimento não foi revelado pelo banco, já nasce com 50 pesquisas em andamento Foto: Divulgação

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Entre as instituições parceiras estão Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Paraná (UFPR), além do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). A rede também conta com duas parcerias internacionais: O Instituto de Tecnologia de Massaschusetts (MIT) e a Universidade Stanford - nesta última, o foco da pesquisa é IA responsável, que olha para temas como viés , transparência e segurança.

“O ICTi é importante para explorar novas possibilidades. O que a gente tinha anteriormente restringia alguns tipos de acordos e colaboração. Isso automaticamente leva a um investimento maior”, disse Carlos Eduardo Mazzei, diretor de tecnologia do Itaú.

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O resultado das pesquisas não serão necessariamente aproveitados pelo banco. Os acordos de parceria estabelecidos por meio dos institutos podem ter termos negociáveis em relação à propriedade intelectual, podendo ser totalmente públicos ou compartilhados, dependendo do caso e dos interesses das partes envolvidas. Os trabalhos realizados com Stanford, por exemplo, serão públicos. O Itaú tem prioridade sobre alguns projetos, mas não há necessariamente exclusividade.

As pesquisas serão classificadas em nove níveis de maturidade, indo da pesquisa básica no nível 1 até o produto final no nível nove. No MIT, por exemplo, estão sendo pesquisados fatores de risco, como o uso de deep fakes para realizar fraudes. As instituições e o Itaú não revelam o valor das bolsas, e dizem que o modelo e variável. A cifra final é determinada em função das necessidades do projeto, dos objetivos da parceria e da busca por atrair e reter talentos, sendo potencialmente mais competitivo do que as bolsas de agências públicas.

“Atores externos e o financiamento externo nos dá muito mais liberdade para focar em aspectos, por exemplo, de meritocracia, de competitividade, de relevância naquele momento. Você solta um pouquinho essa amarra do que é uma agência pública. Eu consigo, por exemplo, pagar uma bolsa de aluno de graduação. Na minha época era R$ 500. Hoje, acho que tá R$ 800. Mas eu tenho um aluno de graduação com bolsa de R$ 10 mil”, explica Anderson Soares, da UFG.

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