A Line, empresa japonesa que carrega o nome de seu aplicativo de mensagens, revelou nesta terça-feira, 27, seu primeiro resultado financeiro após abrir capital nas bolsas de Tóquio e Nova York, no início deste mês. Segundo a empresa, seu faturamento com publicidade cresceu 76% no primeiro semestre de 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado, ajudando a empresa a conquistar lucro de US$ 24 milhões entre os meses de janeiro e junho deste ano.
Com 220 milhões de usuários mensalmente ativos, o Line está bem atrás de rivais no setor, como o Facebook Messenger e o WhatsApp, ambos com mais de 1 bilhão de usuários. O serviço é especialmente popular no mercado asiático – seus quatro principais países são, Japão, Taiwan, Tailândia e Indonésia, concentrando 157 milhões de usuários, ou 71% do total.
No entanto, o Line possui uma estratégia de monetização mais bem definida, especialmente por seus recursos multimídia – como jogos e serviços de compra dentro do aplicativo – além de publicidade. "O negócio da propaganda é nosso maior pilar", disse o presidente executivo da empresa, Takeshi Idezawa.
Games. A receita com conteúdo dentro do aplicativo – como games – no entanto, caiu 5% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. É um setor de alta competitividade, e cujos números poderão ser influenciados e afetados pela popularidade de grandes rivais como Pokémon Go, recém-lançado pela Nintendo.
Para Idezawa, no entanto, o jogo não ameaça o Line. "A popularidade de um game como esses é um fator positivo para a indústria", disse o executivo em uma conferência com acionistas nessa quarta-feira.