As atividades físicas do empresário Mark Zuckerberg, que incluem treinos regulares de jiu-jitsu brasileiro, podem colocar em risco a vida do fundador do Facebook e presidente executivo da Meta, também dona do Instagram e WhatsApp. Se isso eventualmente ocorrer, o negócio da companhia pode sofrer “um impacto adverso significativo” nas operações, declarou a própria Meta em documento protocolado junto às autoridades regulatórias dos Estados Unidos na semana passada.
“O sr. Zuckerberg e alguns outros membros da gerência participam de várias atividades de alto risco, como esportes de combate, esportes radicais e aviação recreativa, que trazem o risco de lesões graves e morte. Se Zuckerberg ficar indisponível por qualquer motivo, poderá haver um impacto adverso significativo em nossas operações”, declarou a empresa no relatório conhecido como 10-K, onde empresas de capital aberto dos EUA têm de prestar satisfação em um extensivo documento sobre suas atividades.
A Meta, portanto, sinaliza que seu negócio ainda é extremamente dependende dos “chefões” da companhia, como o próprio Mark Zuckerberg. “A perda de uma ou mais pessoas-chave da empresa, ou a falha em atrair e reter pessoas qualificadas no futuro, podem danificar nosso negócio”, escreveu a firma.
Se Zuckerberg ficar indisponível por qualquer motivo, poderá haver um impacto adverso significativo em nossas operações
Meta, em relatório a investidores
Mark Zuckerberg, 39, é o fundador da empresa, antes chamada de Facebook até uma mudança de nome para ressignificar o foco no metaverso. O empresário é conhecido por ser um amante das artes marciais, que estão entre seus hobbies favoritos. No ano passado, o CEO brincava que iria participar de uma luta contra o bilionário Elon Musk, dono da Tesla, Space X e X (ex-Twitter).
Recentemente, Zuckerberg anunciou outro hobby: criação de gado. A raça criada pelo empresário é do tipo wagyu, conhecida pela carne mais cara do mundo — o quilo da peça bovina pode ultrapassar R$ 1 mil, a depender do corte escolhido. Os bois são alimentados com cerveja e farinha de macadâmia no rancho do empresário em Kauai, no Havaí (EUA).
Também no Havaí, o bilionário constrói uma mansão que promete ser autossuficiente em energia e alimentos, com 30 banheiros, portas antiexplosão e um bunker. O empreendimento tem tamanho de 5,6 km² (equivalente a 30 Maracanãs) e preço de US$ 270 milhões. O objetivo é levantar 12 torres nos próximos anos, mas mais detalhes não foram revelados — os arquitetos envolvidos com o projeto não podem falar nada a respeito, diz a revista Wired.
Na última semana, Mark Zuckerberg aumentou em US$ 28 bilhões seu patrimônio em um único dia. Com US$ 170 bilhões de fortuna, o CEO ultrapassou Bill Gates (Microsoft) como um dos homens mais ricos do mundo, atrás de Bernard Arnault (LVMH), Elon Musk e Jeff Bezos (Amazon).
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