A empresa Meta concordou em pagar US$ 725 milhões para encerrar ação coletiva que acusa a Big Tech de não garantir a privacidade dos usuários do Facebook, depois que os dados pessoais foram compartilhados de forma indevida com empresas, como a consultoria Cambridge Analytica, em 2017 para que fossem usados como base para propagandas políticas. As informações foram protocoladas na Justiça americana no último dia 23.
Segundo a agência de notícias Reuters, promotores consideram a multa como a mais alta já registrada em uma ação coletiva relacionada à privacidade de dados, assim como o maior valor já pago pelo Facebook para encerrar uma ação coletiva. O acordo ainda precisa ser aprovado por juízes federais da Califórnia.
Em 2019, o Facebook concordou em pagar US$ 5 bilhões à Comissão de Comércio Federal (FTC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, além de US$ 100 milhões adicionais para a autarquia equivalente à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla).
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A Meta se pronunciou e disse não ter admitido irregularidades como parte do documento e, em comunicado, explicou que o acordo foi “no melhor interesse de nossa comunidade e acionistas. Nos últimos três anos, renovamos nossa abordagem de privacidade e implementamos um programa abrangente de privacidade”.
A origem desse acordo foi em 2017, quando um aplicativo divulgou um teste de personalidade no Facebook que foi baixado por milhares de usuários da plataforma. Com os dados preenchidos por essas pessoas para que eles pudessem fazer esse teste, a Meta os compartilhou com outras empresas, incluindo a Cambridge Analytica. Em 2019, documentos revelaram que Mark Zuckerberg já sabia do uso de dados desde 2015.
Dados de cerca de 87 milhões de usuários foram vazados, como nome, idade, profissão, gostos e até a sua rede de contatos, que, consequentemente, também tiveram os dados acessados. A Cambridge Analytica usou esses dados para realizar publicidades políticas em apoio ao ex-presidente estadunidense Donald Trump.
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