Encerrando um dos anos mais difíceis para a companhia, a Netflix adicionou 8 milhões de novos assinantes ao serviço da companhia em 2022, pior resultado em 11 anos, quando a empresa ainda comercializava DVDs por correio e streaming não era seu principal negócio. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 19, em balanço financeiro da companhia.
Apesar do resultado ruim, o quarto trimestre de 2022 apresentou uma luz no fim do túnel para a companhia: foram adicionados 7,7 milhões de usuários nos últimos três meses do ano passado. A projeção da própria empresa, fornecida em outubro, era de 4,5 milhões de usuários. Na primeira metade de 2022, a companhia havia perdido 1,2 milhão de assinantes.
A receita trimestral da companhia subiu para US$ 7,9 bilhões, alta de 2% em relação a igual período de 2021. Já o lucro caiu para US$ 55 milhões no trimestre, recuo ante os US$ 607 milhões de 2021.
No total, a Netflix encerrou o ano com 231 milhões de assinantes pagos. Em comunicado a investidores, a companhia declarou: “(O ano de) 2022 foi um ano difícil, com um começo turbulento, mas um final feliz.”
Os números são um alívio para o mercado financeiro. Após a divulgação dos números do balanço, as ações subiram a 3,5% por volta de 18h20 do horário de Brasília.
Retrospectiva
Apesar do baixo desempenho em 2022, a Netflix lançou uma série de novidades para tentar minimizar o impacto sobre o serviço de streaming.
A companhia demitiu 450 pessoas em todo o mundo, principalmente nos EUA e na Europa. Segundo apurou o Estadão à época, foram 17 cortes na América Latina, incluindo o Brasil.
Outra medida foi o lançamento da cobrança por compartilhamento de senha, ainda em testes em alguns países da América Latina. Com a funcionalidade, a Netflix passa a cobrar uma taxa extra de perfis compartilhados em diferentes lares. O recurso não tem data de lançamento planejada, mas deve chegar à América do Norte, principal mercado, em breve.
Por fim, a Netflix lançou ao fim do ano um novo plano de assinatura com publicidade, que permite que usuários adquiram planos mais baratos com anúncios dentro da programação. No Brasil, o serviço sai por R$ 18,90 mensais.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.