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Neuralink quer iniciar testes em humanos em seis meses, diz Musk

A empresa de chips cerebrais vai focar os primeiros testes na recuperação das funções motora e visual em pessoas com paralisia ou deficiência

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Por Redação

Na última quarta-feira, 30, Elon Musk disse durante o evento “Show and Tell” que sua startup Neuralink, de desenvolvimento de chips cerebrais, deve começar a realizar testes em humanos nos próximos seis meses. De início, os testes clínicos serão voltados para a restauração da visão e de movimentos musculares.

O objetivo de Musk para a Neuralink - fundada em 2016 e sediada no Texas, EUA - é fazer com que seja possível controlar aparelhos eletrônicos usando o cérebro e, posteriormente, restaurar as funções corporais de pessoas com alguma paralisia, deficiência ou doença cerebral, como o Alzheimer e o Parkinson. “Mesmo que alguém nunca tenha tido visão, como se tivesse nascido cego, acreditamos que ainda podemos restaurar a visão”, explicou Elon Musk no evento de quarta-feira.

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Musk explicou durante o evento que apresentou a maioria dos documentos necessários para um teste clínico humano à Food and Drug Administration (FDA), empresa reguladora de dispositivos médicos dos EUA. A expectativa era de que esses testes pudessem ter tido início em 2020 e, depois, em 2022. os experimentos, porém, foram adiados mais uma vez, e agora tem chances de começar apenas em 2023.

“Show and Tell” foi um evento de demonstração, onde a Neuralink focou em mostrar a tecnologia utilizada pela startup para o desenvolvimento de seus chips. O evento estava inicialmente agendado para o dia 31 de outubro, mas acabou sendo adiado sem explicações para o último dia 30 de novembro.

Por pelo menos três anos, a empresa vem fazendo estudos e testes em animais enquanto aguardava a aprovação regulatória dos EUA para que fosse possível testar em humanos. Em uma das ocasiões, em abril de 2021, a Neuralink publicou um vídeo do macaco Pager jogando o game Pong apenas com o poder da mente, utilizando o chip produzido pela empresa, mostrando os resultados de suas pesquisas. Após o vídeo, a empresa foi acusada de maus tratos contra os animais testados.

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