OnlyFans irá banir pornografia da plataforma a partir de outubro

Plataforma de conteúdo monetizável afirma que está fazendo mudanças para atender a pedidos de investidores

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Foto do author Guilherme Guerra
Em versão 'light', app do OnlyFans traz conteúdos sobre exercícios, cozinha e até comédia Foto: Divulgação/OFTV

O OnlyFans, plataforma de monetização de conteúdo exclusivo para fãs, anunciou nesta quinta-feira, 19, que irá banir toda pornografia da plataforma a partir de 1.º de outubro deste ano, de acordo com comunicado da empresa obtido pela revista americana Variety e confirmado pelo Estadão. Segundo a empresa britânica, a mudança foi feita a pedido de investidores.

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“O OnlyFans irá proibir a publicação de conteúdos sexualmente explícitos. Para garantir a sustentabilidade da plataforma no longo prazo e para continuar inovando para hospedar uma comunicade inclusiva de criadores e fãs, precisamos evoluir as nossas regras de conteúdo”, informa a empresa. Criadores poderão publicar nudez, contanto que respeitem os termos de uso da plataforma, que atualmente proíbe nudez pública em países em que esse tipo de exposição é proibida.

A empresa afirma que irá detalhar nos próximos dias como será a mudança, afirmando que irá prestar suporte aos criadores e fãs.

Versão 'light'

O OnlyFans anunciou no início desta semana o lançamento de um aplicativo 'light' para iOS, Android e outras plataformas — até então, a plataforma podia ser acessada apenas por navegadores da internet, já que o conteúdo explícito impedia que o app fosse aceito nessas lojas.

No app, chamado de OFTV, celebridades da plataforma, como Mia Khalifa, Bella Thorne e Tyler Posey, entre outras, criam vídeos gratuitos sobre assuntos diversos, como comédia, gastronomia, fitness e bem-estar. Segundo a empresa, o objetivo do aplicativo é atrair novos usuários.

A estratégia de popularização do OnlyFans, que possui 150 milhões de usuários cadastrados e 2 milhões de criadores, acontece em um momento em que a plataforma ganhou força durante a pandemia de covid-19, chegando a ser conhecida como o “Uber da pornografia” — isto é, os criadores podiam ter uma fonte de renda ao produzir conteúdo próprio, tirando diversas celebridades de estúdios de conteúdo adulto que estiveram de portas fechadas durante 2020. 

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Ao mesmo tempo, gigantes do Vale do Silício perceberam o potencial de remuneração de conteúdo a influenciadores. Neste ano, YouTube, Twitter e Instagram desenvolvem soluções para permitir que fãs engajem via gorjetas com seus criadores favoritos, enchendo um mercado que já conta com nomes como Patreon e Substack.

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