A startup americana OpenAI, criadora do ChatGPT, está “passando o chapéu” no Vale do Silício.
Segundo informações do jornal britânico Financial Times publicadas nesta segunda-feira, 13, o fundador da companhia, Sam Altman, declarou que espera um novo aporte bilionário da Microsoft, parceira que já investiu mais de US$ 10 bilhões na OpenAI nos últimos anos.
O objetivo da startup americana é criar a “inteligência artificial geral” (AGI, na sigla em inglês) — modelo em que a IA torna-se tão inteligente quanto um ser humano, capaz de realizar diversas tarefas. Polêmico, o conceito tornou-se o Santo Graal da tecnologia neste ano, assombrando outros nomes do setor, como Elon Musk (Tesla, SpaceX, X).
“Eu espero que sim”, declarou Altman em entrevista ao Financial Times quando questionado se o executivo espera mais aportes da Microsoft no futuro. “Ainda há um longo caminho, e exige muita computação para criar até a AGI. As despesas com treinamento (de máquina) são imensas”, disse.
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O objetivo de Sam Altman é criar essa “superinteligência” e, também, o maquinário necessário para abastecer essa tecnologia — o que inclui processadores de alta potência da Nvidia e computação em nuvem (especialidade da Microsoft, segunda maior fornecedora do ramo, atrás da Amazon). “A visão é criar uma AGI, descobrir como torná-la segura e descobrir os benefícios”, disse.
GPT-5 vem aí
A OpenAI trabalha atualmente no GPT-5, quinta versão do “cérebro” que abastece o ChatGPT, lançado em novembro de 2022 com o GPT-3 e, no primeiro semestre deste ano, abastecido com o GPT-4. Altman, no entanto, não forneceu detalhes sobre quando deve lançar a nova versão.
A startup diz que, no treinamento do novo modelo, vai utilizar pacotes de dados públicos e privados de companhias. Atualmente, a OpenAI e outras empresas de tecnologia são acusadas de não pagar por utilizar essas informações para abastecer os modelos de IA.
“Até que a gente treine esse modelo, é um jogo divertido de adivinhação paara nós”, disse ao Financial Times. “Estamos tentando ficar melhores nisso, porque acho que é importante, de uma perspectiva de segurança, predizer as capacidades (do GPT-5). Mas não posso afirmar exatamente o que vai fazer que o GPT-4 não faz atualmente.”
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