Presidente do Uber deixa conselho econômico de Donald Trump

Executivo foi criticado por fazer parte do grupo após presidente dos EUA anunciar restrições a imigrantes; a medida prejudicou, especialmente, empresas de tecnologia

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Por Agências
Atualização:
Presidente executivo do Uber, Travis Kalanick tem sofrido com recentes críticas e polêmicas do aplicativo Foto: Reuters

O cofundador e presidente executivo do aplicativo de carona paga Uber, Travis Kalanick, anunciou nesta quinta-feira que deixou o conselho econômico criado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A decisão foi tomada após a polêmica em torno das restrições de Trump à entrada de imigrantes no país, medida que teve grande impacto nas empresas de tecnologia. No caso do Uber, além de funcionários, a medida também teve impacto em motoristas cadastrados na plataforma.

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Em uma carta enviada aos funcionários, Kalanick explicou os motivos por trás de sua decisão. "Entrar no grupo não era para significar um endosso ao presidente ou à sua agenda, mas infelizmente houve um mal-entendido", afirmou o executivo. A próxima reunião do grupo com Trump estava planejada para sexta-feira, 3.

Polêmica. Uma campanha nas redes sociais, com a hashtag #DeleteUber, colocou o Uber no centro da polêmica e pediram que os usuários parassem de usar o aplicativo. A confusão começou quando Trump publicou sua polêmica ordem. Logo depois, um grupo que representa os taxistas de Nova York comunicou que não pegaria passageiros no aeroporto JFK, o centro dos protestos contra a medida. Meia hora depois, a Uber ajustou a tarifa dinâmica do aplicativo para o preço mais alto, causando a fúria dos usuários, que viram na mudança uma jogada oportunista.

O Uber afirmou, em nota, que foi um mal-entendido. Contudo, a resposta não convenceu os usuários do aplicativo, que continuaram a se descadastrar. Muitos deles reclamaram, ainda, que a empresa não apagou os dados pessoais após eles decidirem excluir suas contas. Ao longo da última semana, a empresa enviou e-mails para usuários que se descadastraram recentemente, em um esforço para explicar a preocupação da empresa com o veto a imigrantes e seus esforços para tentar compensar os motoristas afetados.

Na carta, Kalanick afirmou que conversou brevemente com Trump sobre as restrições à imigração "e seus impactos para a comunidade do Uber". Ele também disse ao presidente dos EUA que não faria mais parte do conselho econômico.

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Resposta. O presidente executivo do Uber enfrentava grande pressão para sair do conselho de Trump depois que ele decidiu barrar a entrada de imigrantes de sete países temporariamente. "Existem várias formas que nós poderemos continuar a defender uma mudança justa na imigração", disse Kalanick. "Famílias estão sendo separadas, pessoas estão presas em outros países e existe um medo crescente de que os EUA não são mais um país que recebe bem os imigrantes."

A decisão de Kalanick pode pressionar outros presidentes de empresa esperados para a reunião com Trump na sexta-feira. São parte do conselho os presidentes da General Motors, da Walt Disney, do JP Morgan, IBM, Wal-Mart, além do presidente executivo da Tesla, Elon Musk. Procurada pela Reuters, a Casa Branca não comentou a decisão imediatamente.

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