O Google está com inscrições abertas para o Latin American Research Awards (Lara), programa de bolsas de estudos voltado para estudantes de mestrado e doutorado de universidades da América Latina. O projeto visa impulsionar a inovação e premiar projetos que apresentem soluções a partir de tecnologia para problemas do cotidiano. Em sua oitava edição, o programa ganhou uma categoria especial, voltada para dar destaque para pesquisas relacionadas à covid-19. e terão prioridade na avaliação.
Segundo Berthier Ribeiro-Neto, diretor de engenharia do Google para América Latina, o Lara visa identificar alunos e orientadores com soluções interessantes para a comunidade local, sem contrapartida com a empresa. A apresentação do programa para 2020 foi realizada em conferência virtual em que o Estadão esteve presente. As inscrições se iniciam nesta quinta-feira, 2, e vão até o dia 30 de julho, no site do Lara.
Para concorrer, os estudantes precisam submeter um resumo em inglês de até cinco páginas do projeto, contando sobre o problema identificado e a razão pela qual a solução desenvolvida é interessante para a comunidade. Apesar de contemplar áreas como internet das coisas, machine learning (aprendizado de máquinas), dispositivos móveis e privacidade, os projetos com soluções voltadas para a crise de coronavírus terão prioridade na avaliação deste ano, aponta Ribeiro-Neto.
“Nós estamos adicionando uma categoria de projetos sobre temas relacionados a covid-19. Vamos contemplar projetos em várias áreas, mas os projetos desse tema serão tratados com a mais alta prioridade. Se identificarmos muitos projetos de boa qualidade relacionados à doença, vamos dar preferência”.
Ao longo das sete edições anteriores do Lara, que começou em 2013, cerca de US$ 3,5 milhões já foram direcionados em bolsas de estudo, em 120 projetos. Em 2020, serão cerca de US$ 500 mil destinados para estudantes e orientadores. Os alunos de mestrado aprovados receberão US$ 750 por mês, enquanto os de doutorado receberão US$ 1,2 mensais.
No ano passado, 15 projetos brasileiros receberam a bolsa de estudos do programa. Ribeiro-Neto aponta o Brasil como um dos maiores expoentes da América Latina nas pesquisas e afirma que, geralmente, mais de 50% dos selecionados são do País.
“É um programa seletivo e nós estamos conseguindo identificar pesquisadores e estudantes trabalhando em vários países da região. Os projetos estão em áreas diferentes, mas uma das coisas que a gente observou no ano passado foram projetos na área de saúde. Temos prestado atenção em quem são os pesquisadores da região que tem buscado resolver os problemas das comunidades locais”, explica Ribeiro-Neto.
A escolha dos projetos será feita por uma comissão do Google formada por profissionais do Centro de Engenharia em Belo Horizonte e poderão contemplar entre 20 e 25 estudos em média, informou a empresa.
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