Responsável pela segurança do Twitter deixa a empresa e gera dúvidas sobre futuro da plataforma

Lea Kisser, principal executiva de seguranã de informação, anunciou a demissão voluntária

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Por Fernanda Paixão, especial para o Link

A diretora de segurança da informação do Twitter, Lea Kisser, deixou o cargo nesta quinta-feira, 10. O anúncio foi feito pela conta de Lea na rede social. Para ela, deixar a companhia foi uma “decisão difícil”, mas não informou os motivos que levaram à demissão voluntária. A saída de Lea, a mais alta funcionária da companhia em segurança da informação, levanta dúvidas sobre os rumos da rede social sob nova direção.

Os planos de Elon Musk, fundador da SpaceX e CEO da Tesla, para esse setor ainda são desconhecidos, mas a plataforma tem histórico de violações da segurança de usuário. Em 2011, a companhia foi multada em US$ 150 milhões por uso indevido de informações dos usuários que cadastraram os dados para verificação em duas etapas, que aumenta a segurança.

Dono da Tesla e da SpaceX, Elon Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões  

Além disso, o comunicado ocorre em tempos difíceis para rede social. A plataforma passa por uma série de transformações em suas diretrizes, principalmente de combate a desinformação e discurso de ódio desde que Musk comprou o Twitter em uma aquisição bilionária no dia 27 de outubro, após meses de idas e vindas.

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Junto da saída da Lea, ocorre um dia após o desligamento de outros dois executivos importantes da companhia. Segundo o jornalista Casey Newton, Marianne Fogarty, chefe de compliance, Damien Kieran, executivo-chefe de privacidade, deixaram a empresa na quarta, 9. Antes disso, Musk já havia esvaziado os principais cargos da empresa. O primeiro ato do magnata como proprietário do Twitter foi demitir o então presidente executivo, Parag Agrawal; o chefe financeiro, Ned Segal; e Vijaya Gadde, chefe do departamento jurídico, políticas e confiabilidade.

Na sequência, a companhia protagonizou a segunda maior demissão em massa entre as empresas de tecnologia, desligando cerca de 3,7 mil pessoas em todo o mundo, incluindo o Brasil. Uma redução de 50% do seu quadro de funcionários, segundo Washington Post. Em primeiro lugar está a Meta, que demitiu 11 mil funcionários ao longo da última quarta-feira, 9.

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