Shivon Zilis, executiva da startup de neurotecnologia Neuralink, que geralmente está em destaque por sua expertise em inteligência artificial, está ganhando atenção por reportar ter tido gêmeos com Elon Musk no ano passado.
Zilis, que afirma em sua página do LinkedIn ser interessada em “inteligência de máquinas para o bem”, trabalhou por cinco anos na empresa que tem Musk como cofundador, de acordo com o seu perfil. O site americano Business Insider publicou na última quarta-feira, 6, que Musk e Zilis tiveram gêmeos em novembro, citando documentos judiciais. Musk tem nove filhos, incluindo os com Zilis, com a cantora Grimes e sua ex-esposa, Justine Musk.
Musk aparentemente fez menção à reportagem no Twitter na quinta, quando ele expressou suas visões prévias sobre pessoas terem mais filhos. “Fazendo meu melhor para ajudar a crise de subpopulação”, tuitou. “Um colapso na taxa de natalidade é de longe o maior risco que a civilização enfrenta”.
Shivon Zilis disse ter gêmeos com Elon Musk
A Insider reportou que Zilis e Musk entraram com ação recentemente em Austin, Texas, para mudar o sobrenome das crianças para o do pai. A petição busca fazer o sobrenome por parte de mãe das crianças, Zilis, se tornar parte dos nomes do meio, de acordo com cópias da petição. Segundo a Insider, ela tem 36 anos; Musk tem 51.
Musk tem o cargo de co-CEO da Neuralink e Zilis é a diretora de operações e projetos especiais para a companhia. A Neuralink é uma ambiciosa aposta no portfólio de Musk, que quer abrir pequenos buracos no crânio de pacientes para inserir transplantes cerebrais.
Zilis, que não fez comentários para a reportagem da Insider, preencheu o documento com o pedido de mudança de nome no dia 25 de abril — mesmo dia em que Musk fez um acordo para a compra do Twitter por $44 bilhões. Nesse dia, Zilis tuitou “É legal quando tem dias em que você termina mais feliz com o futuro de suas finanças :)”.
Zilis não respondeu pedidos para comentários enviados para ela por e-mail e por sua conta do LinkedIn.
Shivon Zilis tem um histórico profundo de aprendizado de máquina
Zilis, que cresceu no Canadá e estudou na Universidade de Yale, lista seus interesses em sua bio do Twitter: “Inteligência artificial, inteligência biológica e qualquer outra coisa que exista no meio disso e além.” Ela é membro do conselho da OpenAI, uma organização de pesquisa em inteligência artificial na qual Musk também é cofundador. Ele deixou o conselho em 2018.
Zilis trabalhou na IBM depois da faculdade, antes de entrar no projeto Bloomberg Beta como membro fundadora em 2011, onde ela ajudou startups de aprendizagem de máquina para veterinários.
Em seu site, ela escreveu com o seu parceiro de negócios em 2016 que “o hype sobre os métodos de inteligência de máquina continua a crescer: as palavras “deep learning” agora representam igualmente uma série de mudanças de paradigma significativas (maravilhoso), mas também uma frase hypada como ‘Big data’ (não tão bom!).”
Ele seguiu explicando que o par se preocupava mais em usar os métodos corretos para solucionar um problema: “não é o mais chique. Nós ajudamos os que aplicam a tecnologia com consciência”, diz a postagem.
Em uma entrevista sobre IA no ano passado para a Conferência de Estudantes de Graduação Canadenses, Zilis disse que passou os últimos anos focando em “IA sendo apresentada para o mundo na melhor maneira possível.” Introduzida como diretora de projetos no escritório da Neuralink, ela explicou que a startup está trabalhando para resolver problemas cerebrais e de coluna no curto prazo. (Sua página no LinkedIn agora lista seus trabalhos como diretora de operações e projetos especiais da empresa.)
“Se você pensa sobre isso, todo componente da sua realidade - tudo que você já tocou, qualquer memória que você já teve, qualquer coisa que você já sentiu, tudo isso são só sinais eminentes do seu cérebro, então quando nós falamos sobre criar uma plataforma para interagir diretamente com o cérebro, você tem o potencial de simplesmente modular literalmente qualquer coisa”, disse.
Zilis conheceu Musk por meio de conexões na indústria de inteligência artificial, de acordo com sua entrevista para a Conferência de Estudantes de Graduação Canadenses sobre o assunto. Ela entrou no OpenAI como consultora em 2016 e, mais tarde, se tornou membro do conselho na organização.
Durante esse período, ela trabalhou na Tesla por mais de dois anos em projetos de IA, de acordo com sua conta no LinkedIn. Ela atuou nos times de pilotagem automática e de design.
Seus tuítes mostram interesse em alguns dos outros projetos de Musk, incluindo sua empresa de foguetes SpaceX, e o negócio de Musk com o Twitter, que não foi concretizado. Em maio, ela tuitou que ela mudou sua timeline do Twitter para uma visão cronológica reversa, algo que Musk havia defendido.
“Minha taxa de aprendizagem do Twitter aumentou consideravelmente desde que mudei para o [modo] cronológico e agora a rolagem me parece menos enfadonha”, ela disse. “Curiosa para saber se os outros também sentem o mesmo.”
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