A Apple anunciou que vai realizar um evento em sua sede, na Califórnia, no próximo dia 25 de março. A conferência deve marcar o lançamento do Apple News, serviço de assinatura de notícias da empresa. O projeto será uma nova área do app de notícias já existente nos iPhones.
Por uma assinatura mensal de cerca de US$ 10 – o mesmo valor cobrado pelo serviço de streaming de música da empresa, o Apple Music –, usuários poderão acessar uma biblioteca ilimitada de notícias, de maneira similar ao que ocorre em plataformas como a Netflix.
O valor, porém, é inferior às assinaturas mensais de jornais americanos como The New York Times (US$ 15) e Wall Street Journal (US$ 39). É uma das questões que têm dificultado o lançamento do serviço: segundo informações do Wall Street Journal, a fabricante do iPhone tem feito negociações duras com os veículos de imprensa pelas condições de licenciamento.
De acordo com o jornal americano, a empresa quer ficar com 50% das receitas do serviço – a outra parte do faturamento seria dividido pelos jornais, em um “pool”. É uma fatia maior do que a empresa costuma reter de serviços como a loja de aplicativos AppStore ou o streaming de música Apple Music.
É um projeto que tem sido esperado pelo mercado há meses – no ano passado, a Apple comprou o serviço agregador de notícias Texture. A companhia não se pronunciou sobre a reportagem do WSJ, mas tem reforçado investimentos em serviços – Tim Cook, presidente executivo da empresa, já disse que o futuro da Apple está no setor.
Luz no fim do túnel. Além do aplicativo de notícias, a imprensa internacional diz que a fabricante também deve lançar uma plataforma de streaming de vídeo. Para este outro projeto, nomes como Oprah Winfrey, Reese Witherspoon, M. Night Shyamalan e Steven Spielberg estariam em negociações.
Novos serviços são as apostas da Apple para continuar crescendo, em uma época de desaceleração nas vendas de seu principal produto, o iPhone. A falta de inovações expressiva nos últimos modelos e os altos valores cobrados pelos aparelhos foram fatores determinantes para a queda no número de vendas em mercados fora dos Estados Unidos, que hoje correspondem a 62% da receita da Apple.
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