Em abril, a SpaceX fez o primeiro lançamento teste do seu foguete Starship que resultou em uma explosão após quatro minutos de voo. Mais de seis meses após o incidente, o fundador e CEO da SpaceX, Elon Musk está ansioso para um novo lançamento.
Segundo o jornal The Washington Post, a companhia espera que o segundo voo aconteça no mês de novembro - a SpaceX aguarda a licença da Administração Federal de Aviação (FAA), órgão regulador dos setor nos EUA, que lançou uma investigação após a primeira explosão do Starship. O voo mal sucedido resultou também em um processo ambiental, já que o ocorrido causou um incêndio em área florestal.
Em setembro, a FAA revelou um relatório contendo 63 alterações que deveriam ser feitas para que o foguete pudesse voar novamente. Para reparar esses danos, a SpaceX realizou melhorias na plataforma de lançamento, incluindo um sistema de supressão de água para amortecer as vibrações dos 33 motores do primeiro estágio do foguete. Além disso, métodos de separação de estágios foram implementados, e extensos testes de motor foram conduzidos para aprimorar o desempenho em voo e evitar novos acidentes.
O voo de teste é muito importante para a SpaceX e para a NASA, que investiu US$ 4 bilhões no desenvolvimento da Starship. Embora futuros astronautas devam ser lançados pelo Sistema de Lançamento Espacial da NASA, o Starship é fundamental para transportá-los para a superfície lunar, com planos de desembarque até 2025.
Há, no entanto, preocupações em relação ao cronograma, já que a permissão para lançar o foguete pode não ser emitida em breve. Musk, por sua vez, vê o teste como parte de uma “corrida espacial” para superar a China na missão lunar.
O Starship foi projetado para ser totalmente reutilizável. Além de explorar o espaço profundo, a SpaceX planeja usar a nave para alcançar Marte.
*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani
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