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Starship, foguetão de Elon Musk, fará nova tentativa de voo na sexta; conheça a aeronave

Segundo lançamento está previsto para ocorrer nesta sexta-feira, 17, no Texas, a partir das 10h no horário de Brasília

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Por Redação

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 15, que a SpaceX, a empresa espacial do bilionário Elon Musk, está autorizada a realizar um segundo lançamento do foguete Starship, da SpaceX, que explodiu no ar em abril, durante a primeira tentativa. O lançamento está previsto para ocorrer nesta sexta-feira, 17, no Texas, a partir das 7h (10h no horário de Brasília) - a companhia terá uma janela de duas horas para realizar a ação.

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“A FAA concedeu autorização de licença para o segundo lançamento do veículo SpaceX Starship Super Heavy. A FAA determinou que a SpaceX atendeu a todos os requisitos de segurança, ambientais, políticos e de responsabilidade financeira”, disse a administração federal em uma publicação no Twitter.

A permissão estava pendente desde que um primeiro teste realizado há seis meses resultou em uma explosão pouco após a decolagem. No dia 20 de abril, o Starship explodiu quatro minutos após o lançamento, a 39 km de altitude, após apresentar falhas técnicas. A causa da explosão, de acordo com a empresa, foi um vazamento de propelente na parte traseira do propulsor Super Heavy, o que eventualmente cortou a conexão com o computador de voo principal do veículo. Segundo a companhia, isso levou a uma perda de comunicações com a maioria dos motores do propulsor e, finalmente, ao controle do veículo.

Foguete Starship sendo lançado de Boca Chica, Texas, em 20 de abril. A SpaceX pretende realizar outro voo de teste na sexta-feira, 17, após aprovação do governo dos EUA. Foto: SpaceX via AP

Assim como no primeiro voo de teste, o Starship decolará das instalações da SpaceX na cidade de Boca Chica, no extremo sul do Texas, impulsionado pelo primeiro estágio do foguete, o lançador Super Heavy, que conta com 33 motores Raptor.

Se tudo correr bem, está previsto que o Starship, que mede 121 metros de altura juntamente com o foguete propulsor (equivalente a mais de 35 andares), atinja a órbita e dê uma volta quase completa ao redor do planeta para finalizar sua trajetória nas águas do Oceano Pacífico, próximo ao Havaí.

Saiba mais sobre o Starship

Com capacidade para uma carga de 150 toneladas métricas e projetado para ser reutilizável, quando estiver operacional, o Starship será o foguete mais poderoso do mundo, ultrapassando até mesmo o lançador SLS da NASA, que atualmente ostenta o título de foguete mais potente que já voou para o espaço.

Elon Musk planeja utilizá-lo para explorar o espaço e chegar até Marte. O plano audacioso de Musk prevê usar o foguete para criar um mercado de turismo espacial. Uma viagem ao planeta Marte deve custar entre US$ 10 milhões e US$ 60 milhões.

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Assim como outros foguetes da SpaceX, o Starship foi projetado para ser reutilizável, o que reduz consideravelmente os custos de missões espaciais. O novo foguete foi feito para ser lançado em cima do Super Heavy, um lançador gigante que compõe grande parte do tamanho total de 121 metros do Starship.

Para este segundo teste, a empresa fez algumas melhorias, incluindo uma relacionada ao processo de separação, no qual o segundo estágio, a própria nave Starship, ligará seus motores durante o mesmo processo de separação, e não depois, visando obter mais potência. Também foram feitas alterações na plataforma de lançamento de Starbase, no Texas, para mitigar os efeitos dos motores da primeira etapa, que é um dos aspectos analisados pela FAA após o primeiro teste realizado em 20 de abril, quando o evento fez “chover” sujeira.

Por que esse lançamento é importante para os EUA?

A Nasa, a agência espacial dos EUA, está muito atenta aos resultados do voo de teste, uma vez que o Starship será responsável por levar os astronautas da missão tripulada Artemis III à superfície lunar, uma viagem programada inicialmente para 2025.

O programa Artemis, com o qual a Nasa retornará à lua após mais de 50 anos, conta com o foguete lançador Sistema de Lançamento Espacial (SLS) e a cápsula Orion, que já foram testados na missão não tripulada Artemis I, que orbitou a lua entre novembro e dezembro de 2022 antes de retornar à Terra. O SLS e a nave Orion foram projetados para levar tripulantes à órbita lunar, mas não para descer à superfície do satélite. De acordo com algumas fontes especializadas, a agência espacial dos EUA, que está em uma corrida espacial com a China tendo a Lua como objetivo, gastou cerca de US$ 4 bilhões no desenvolvimento do Starship./Com EFE.

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