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Tesla quer censurar vídeos de carros atropelando manequins infantis

Montadora de veículos elétricos é criticada por supostas falhas em software de detecção de objetos nas ruas

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Por Redação
Atualização:

A Tesla exigiu a remoção online de vídeos dos automóveis da marca atropelando manequins de tamanho infantil, alegando que as imagens são difamatórias e que não representam o software da companhia.

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O pedido formal foi enviado à organização civil Dawn Project, quem criou as propagandas contra os sistemas de direção autônoma da Tesla, segundo reportagem nesta quinta-feira, 25, do jornal americano The Washington Post, que teve acesso ao documento.

Os vídeos criados pelo Dawn Project buscam criticar o sistema de detecção de objetos nas ruas e pedem o banimento do software de direção autônoma dos automóveis Tesla, atualmente em testes em 100 mil carros espalhados pelos Estados Unidos e Canadá.

Em alguns casos, usuários tentaram recriar os vídeos com crianças reais, tentando provar as falhas nos sistemas da montadora e contrariando pedidos de agências reguladoras americanas.

Tanto a Tesla quando Elon Musk, dono da companhia, não responderam aos pedidos de comentário feitos pelo Washington Post.

“Os testes não representam as capacidades da tecnologia da Tesla e desconsideram os testes reconhecidos por agências independentes, bem como as experiências compartilhadas pelos nossos clientes”, escreveu na carta de 11 de agosto um porta-voz da Tesla.

Dawn Project

O homem por trás do Dawn Project é o bilionário da tecnologia Dan O´Dowd. Ele comanda a Green Hills Software, que desenvolve sistemas operacionais para aviões e carros — um potencial competidor no mercado de programas para automóveis.

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O’Dowd diz que sua motivação para criticar a Tesla é a convicção de que a tecnologia, como outras peças de software nas quais dependem pessoas no mundo moderno, não são seguras o suficiente e precisam ser redesenhadas. E, neste caso, banidas.

“Estamos muito ocupados montado computadores e colocando-os no comando de milhões de coisas nas quais dependem as pessoas. O carro autônomo é uma delas”, diz O’Dowd.

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