Threads, o ‘Twitter do Instagram’, deve gerar mais dinheiro do que a rede social rival

Analistas fazem projeção de receita do novo serviço para os próximos dois anos

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Por Subrat Patnaik

THE WASHINGTON POST - Ainda é cedo, mas o Threads, nova rede social da Meta, pode gerar um lucro significativo para a gigante nos próximos anos, segundo a consultoria Evercore ISI. O Threads atingirá 200 milhões de usuários ativos diários e gerará cerca de US$ 8 bilhões em receita anual nos próximos dois anos, estimam os analistas.

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O projeto parece ter começado bem: o novo app atrelado ao Instagram já tem 100 milhões de usuários desde o lançamento na quarta-feira, 5.

Isso é uma fração da receita média anual de US$ 156 bilhões que os analistas esperam que a Meta gere no ano fiscal de 2025, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, mas à frente dos US$ 5,1 bilhões em vendas e receita que o Twitter obteve em seu último ano completo como empresa de capital aberto. No ano passado, a Meta teve cerca de US$ 117 bilhões em receita e tem mais de 3 bilhões de usuários ativos em seus aplicativos de redes sociais.

O Twitter, que tem sido assolado por controvérsias desde que Elon Musk adquiriu o controle da companhia, tinha 237,8 milhões de usuários em julho de 2022.

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Meta Threads app logo is placed on broken Twitter app logo in this illustration taken, July 7, 2023. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration Foto: REUTERS / REUTERS

“Será interessante ver se o Threads consegue manter uma taxa de crescimento razoavelmente robusta e manter os usuários engajados sem canibalizar significativamente o engajamento nas outras plataformas da Meta, Facebook e Instagram”, escreveu um dos analistas da Evercore ISI.

Justin Patterson, do KeyBanc Capital Markets, também vê o aplicativo trazendo vários bilhões de dólares em receita de publicidade para a Meta, mas será “um contribuinte insignificante a curto prazo, já que a gigante provavelmente se concentrará na adoção em vez da monetização.”

Mark Zuckerberg, que tem sido muito ativo em sua nova plataforma, parece compartilhar dessa visão.

No final da semana passada, ele postou no Threads que “nossa abordagem será a mesma de todos os nossos outros produtos: fazer o produto funcionar bem primeiro, depois ver se podemos colocá-lo em um caminho claro para 1 bilhão de pessoas e só então pensar sobre monetização.”

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As ações da Meta mais do que dobraram este ano e saltaram até 2,6% nesta segunda, 10 - é a maior alta em 17 meses. A Meta, junto com outras gigantes da tecnologia, tem sido uma das forças motrizes por trás dos ganhos no mercado financeiro em 2023.

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