O Twitter trouxe para o Brasil nesta quarta-feira, 8, o seu serviço de assinatura com recursos exclusivos para os usuários, o Twitter Blue. O plano pode ser assinado por R$ 42 ao mês ou com desconto de 12% na assinatura anual, que sai por R$ 440.
Os assinantes do Twitter Blue têm recursos exclusivos, como pastas para organizar tuítes salvos, transformar um fio de tuítes em uma única leitura, principais notícias compartilhadas na rede e novos temas. Principalmente, perfis assinantes recebem o selo azul à conta, antes dedicado a perfis verificados de pessoas consideradas notáveis pelo Twitter.
Além disso, os usuários do serviço recebem acesso antecipado a recursos em teste, como menos anúncios na plataforma (50% a menos, afirma a empresa), edição de tuítes já publicados e também publicação de vídeos mais longos, com até 10 minutos de duração e em resolução de 1080 pixels.
Contas criadas em menos de 90 dias não vão poder assinar o Twitter Blue, afirma o Twitter — medida que tenta impedir robôs e contas falsas de usar o serviço. A empresa também diz que usuários que violarem as políticas internas da plataforma terão o serviço cancelado, sem reembolso.
Além do Brasil, o Blue chegou hoje à Índia e Indonésia. Atualmente, o serviço está disponível também nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Reino Unido, Arábia Saudita, França, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.
Outro preço para usuários de iOS e Android
Para usuários que decidirem assinar o Blue por celulares iOS e Android, o Twitter vai cobrar mais caro. O preço vai ser de R$ 60 ao mês, sem assinatura anual revelada.
O aumento em relação à versão desktop se dá pela taxa cobrada da loja de aplicativos da Apple e Google, que “mordem” 30% de cada transação realizada em seus dispositivos.
Em dezembro do ano passado, o bilionário Elon Musk, novo dono do Twitter após compra de US$ 44 bilhões concluída em outubro, já havia adiantado que clientes da Apple poderiam ser cobrados adicionalmente devido às taxas da empresa.
Aposta para engordar receita
Desde que assumiu o Twitter, Musk aposta no Blue como forma de ampliar a fonte de receita da empresa, altamente dependente do faturamento de anúncios de marcas. Segundo o bilionário, ter uma base recorrente de assinaturas seria uma forma de tornar a empresa mais resiliente a mudanças no mercado publicitário.
Em novembro, após contas assinarem o Blue para ganharem o selo azul e se passarem por celebridades, o novo CEO da empresa cancelou o lançamento do plano, retomando-o semanas depois com novas regras, como uma quarentena de assinatura.
O Twitter Blue, no entanto, não é invenção do fundador da Tesla. O recurso estava em testes no Twitter desde 2021, quando a rede social testava os mesmos recursos que hoje estão disponíveis na assinatura. À época, a assinatura era de R$ 15,90 (US$ 3 nos Estados Unidos).
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