A reestruturação de Elon Musk no Twitter não deixou nem a mobília da sede da empresa escapar da mudança. A empresa está leiloando móveis, eletrodomésticos e itens de decoração do escritório principal da empresa, em São Francisco, EUA. O lance mínimo para os produtos é de US$ 25 e o leilão será aberto em 13 de janeiro de 2023
O evento terá lances online e tem duração prevista de um dia — no site da casa, a Heritage Global Partners, será possível participar até 18 de janeiro. O site também informa o endereço da sede principal da empresa, indicando que clientes poderão comparecer ao escritório para ver os produtos.
Entre os itens, além das cadeiras e mesas, estão monitores, máquinas de gelo, fogões industriais, projetores e peças de decoração, como uma estátua com um passarinho azul, símbolo do Twitter.
Leia também
Nos lances mínimos mais baratos, o cliente consegue encontrar máquinas de café expresso por US$ 25. No mais caro, uma cadeira de escritório tem corte mínimo de US$ 1,25 mil. O movimento, porém, foi classificado pela casa de leilão como algo recorrente na empresa, citando um evento parecido na sede da rede social na Inglaterra.
“Eles foram vendidos por US$ 44 bilhões e, agora, estamos vendendo algumas cadeiras, mesas e computadores”, disse o representante da Heritage à revista americana Fortune. “Portanto, se alguém realmente pensa que a receita da venda de alguns computadores e cadeiras pagará a montanha (de contas) lá, então eles são idiotas”.
Desde que Musk assumiu a empresa, no final de outubro, o Twitter viu sua estrutura mudar drasticamente. A companhia demitiu cerca de metade de seus funcionários na primeira semana de trabalho do bilionário e regras rígidas fizeram com que centenas de outros colaboradores quisessem deixar a empresa.
Ainda, ordens de comprometimento “hardcore”, incluindo longas jornadas presenciais no escritório, fizeram com que a empresa tivesse um esvaziamento. Além dos problemas com funcionários, o Twitter ainda luta para se manter monetizável com uma assinatura mensal para que usuários possam ter ferramentas exclusivas e o selo de verificação. A medida já recuou várias vezes e ainda não foi lançada definitivamente pelo Twitter.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.