O Uber informou, nesta terça-feira, 1º., que sua receita no trimestre até setembro foi de US$ 8,34 bilhões, um avanço de 72% ante igual período do ano passado. Mesmo com perda de US$ 1,2 bilhões, os resultados vieram um pouco acima do esperado pelo mercado, segundo especialistas da Refinitiv. Antes da abertura do mercado em Nova York, as ações da empresa viram alta de 11%.
A companhia teve resultados apoiados por gastos maiores em corridas de carro e entregas de alimentos, apesar da inflação elevada e de temores sobre o enfraquecimento econômico. O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) atingiu US$ 516 milhões, recorde para a empresa.
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Pelas medidas de contabilidade padrão, o Uber ainda registrou prejuízo líquido de US$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, puxado por queda no valor de suas participações em duas empresas no exterior, a Didi Global, na China, e a Grab Holdings, no Sudeste Asiático, bem como na startup Aurora Innovation. Em igual período do ano passado, o prejuízo havia sido de US$ 2,42 bilhões — o Uber ainda não alcançou uma operação fora do vermelho.
“Com rigor contínuo em torno de custos, disciplina no número de funcionários e uma abordagem equilibrada de alocação de capital, todos apoiados por nossas principais capacidades técnicas e operacionais, estamos bem posicionados para oferecer lucratividade em expansão nos próximos trimestres”, disse Dara Khosrowshahi, presidente da empresa.
As ações do Uber têm se saído pior que o mercado em geral nos últimos 12 meses, com queda de quase 40% na comparação anual, enquanto o Nasdaq recuou 30%. A empresa ainda comentou que o ambiente econômico mais difícil atrai mais pessoas para atuar como motoristas./COM DOW JONES NEWSWIRE
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