Veja os 10 principais momentos do depoimento de Zuckerberg no Senado dos EUA
Presidente do Facebook respondeu perguntas de 44 senadores durante cinco horas e dez minutos; temas foram de monopólio a uso de dados por aplicativos terceiros, passando por eleições e privacidade
Ele ouviu muitas perguntas – das mais complexas às mais básicas, vindas de políticos que pareciam não saber como a internet ou o próprio Facebook funcionam. E falou bastante também – é possível até dizer que talvez Zuckerberg nunca tenha falado tanto publicamente numa única ocasião. O executivo também se repetiu muitas vezes – seja por ouvir perguntas iguais ou por repetir frases que vem dizendo há quase um mês, quando o escândalo do uso ilícito de dados de 87 milhões de pessoas pela consultoria Cambridge Analytica foi revelado pelos jornais The Observer e The New York Times.
Neste texto, a reportagem do Estadoseparou os 10 principais momentos do longo depoimento. Nesta quarta-feira, 11, Zuckerberg volta ao Capitólio para falar com os deputados americanos, a partir das 11h da manhã (horário de Brasília).
1. Aleksandr Kogan vendeu dados para outras empresas
Publicidade
A principal novidade surgida do depoimento de Zuckerberg apareceu quase despercebida, durante a pergunta da senadora democrata Tammy Baldwin. Em meio a uma série de perguntas, ela questionou o executivo se Kogan – responsável pelo quiz This is Your Digital Life, cuja base de dados coletados foi vendida à Cambridge Analytica – comercializou informações para outras empresas.
“Sim, ele vendeu”, foi a resposta de Zuckerberg. O executivo disse ainda que uma das empresas é a Eunoia – fundada por Christopher Wylie, o informante que revelou o escândalo aos jornais – e que forneceria uma lista, não disponível à mão, na hora. Após a pergunta, que gerou a informação mais importante do depoimento, a senadora mudou de assunto. Durante a sessão, nenhum senador retomou o tema. A expectativa é de que algum deputado peça esclarecimentos a Zuckerberg na sessão desta quarta-feira.
2. O Facebook não é um monopólio – ao menos para Zuckerberg
Uma das principais críticas que o Facebook vem sofrendo é a de que a empresa pratica um monopólio das redes sociais – ou um duopólio, em parceria com o Google, pela publicidade digital. O senador republicano Lindsey Graham tentou enquadrar a empresa nessa lógica em um diálogo que pareceu tolo, mas revelou muito sobre o Facebook:
Publicidade
– Quem são seus competidores?, questionou o político. – Temos vários, em diferentes categorias. A Apple, o Google, a Microsoft… – enumerou Zuckerberg. – Eles fazem o mesmo que você? Se eu não gosto de um Ford, posso comprar um Chevy. O que eu tenho se não gostar do Facebook? – Temos muitos serviços... – Você não acha que têm um monopólio? – Não me parece assim, senhor.
Em um comunicado emitido depois, Graham não concordou com Zuckerberg: “O Facebook é um monopólio virtual e deve ser regulado”, disse.
A história do Facebook em 30 fotos
1 / 30A história do Facebook em 30 fotos
100 milhões de amigos
Em agosto de 2008, o Facebook ultrapassa a marca de 100 milhões de usuários em todo o mundo. Foto: Reuters
Avante
Em janeiro de 2011, uma rodada de investimentos liderada pelo banco Goldman Sachs adquire 1% das ações do Facebook e avalia a empresa em US$ 50 bilhõe... Foto: ReutersMais
1 bilhão de amigos
Em outubro de 2012, a base de usuários do Facebook atinge 1 bilhão de usuários. Foto: Reuters
Fundação Zuckerberg
Zuckerberg e Priscilla Chan durante o anúncio da chegada de Max, sua primeira filha Foto: Facebook
Notícias Falsas
Em 2016, o Facebook entrou na mira da política, ao ser acusado de auxiliar a disseminação de notícias falsas que influenciaram, por exemplo, no refere... Foto: ReutersMais
2 bilhões de amigos
Em junho de 2017, o Facebook chegou à marca de 2 bilhões de usuários, conquistando boa parte do mundo conectado. Foto: Reuters
Cambridge Analytica
Em março de 2018, o Facebook vive possivelmente sua maior crise, graças à revelação pelo jornal inglêsThe Observerde que a consultoria política Cambri... Foto: EFEMais
Prólogo
Em 28 de outubro de 2003, Mark Zuckerberg lança o Facemash, um predecessor do Facebook. Usando fotos do sistema de alunos de Harvard, o site pedia aos... Foto: ReproduçãoMais
Início
Em 4 de fevereiro de 2004, quatro estudantes de Harvard fundam uma rede social voltada para estudantes da universidade,o Thefacebook: Mark Zuckerberg,... Foto: DivulgaçãoMais
Investimentos
Em junho de 2004, a rede social já havia se expandido para outras universidades e recebeu seu primeiro investimento, feito pelo investidor Peter Thiel... Foto: NYTMais
Plágio
Em 2004, os ex-colegas de Mark Zuckerberg em Harvard, os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss entram com uma ação judicial contra o Facebook, alegando qu... Foto: NYTMais
1 milhão de amigos
Com Sean Parker na presidência, o Facebook conquista 1 milhão de usuários em 30 de dezembro de 2004. Meses depois, a empresa transfere sua sede para u... Foto: NYTMais
'Não, não, não'
Em março de 2006, o Yahoo oferece US$ 1 bilhão para comprar o Facebook, mas Mark Zuckerberg rejeita a proposta. Foto: NYT
Feed de notícias
Em setembro de 2006, o Facebook lança o News Feed (Feed de Notícias, em português): uma página que se atualizava automaticamente através de um algorit... Foto: ReproduçãoMais
Para menores
Inicialmente voltado para universitários de faculdades de renome nos Estados Unidos, o Facebook se abre, em setembro de 2006,para qualquer usuário a p... Foto: ReutersMais
Abertura
Em 2007, buscando superar rivais como o MySpace, o Facebook abre sua plataforma de dados (API, na sigla em inglês) para desenvolvedores criarem aplica... Foto: ReutersMais
Microsoft
Em outubro de 2007, a Microsoft adquire 1,4% das ações do Facebook, o que faz a empresa ser avaliada em US$ 15 bilhões. Foto: Reuters
Tchau, Myspace
Maior rede social do mundo até 2009, o MySpace é destronado da liderança pelo Facebook em maio daquele ano: segundo números da ComScore, a rede social... Foto: EstadãoMais
Fazenda Feliz
Lançado pela Zynga em 2010, FarmVille se torna o primeiro grande game a ser jogado dentro do Facebook. O jogo tinha um objetivo simples: o usuário ass... Foto: ReproduçãoMais
Curtida
Em junho de 2010, a empresa lança uma de suas marcas registradas: o botão de "Like" – aqui no Brasil, o like é chamado de curtida. Em Portugal, ele é ... Foto: ReutersMais
A Rede Social
Estreia em outubro de 2010 o filmeA Rede Social, que conta a história dos primeiros anos do Facebook. O filme, dirigido por David Fincher (Seven)e com... Foto: ReproduçãoMais
Mensageiro
Em 9 de agosto de 2011, o Facebook lança o Facebook Messenger: inicialmente um substituto para o chat interno que havia na rede social, o Messenger se... Foto: ReutersMais
Linha do tempo
Em setembro de 2011, o Facebook introduz a Linha do Tempo (Timeline), uma função que alterava os perfis dos usuários: no lugar de informações detalhad... Foto: ReproduçãoMais
Abertura de capital
Em 18 de maio de 2012, o Facebook realiza sua abertura de capital na bolsa de valores Nasdaq, em Nova York: com preços iniciais de US$ 38, as ações da... Foto: ReutersMais
'Bota no Insta'
Criado pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, a rede social de fotografias Instagram é comprada pelo Facebook por US$ 1 bilhão e... Foto: NYTMais
Internet.org
Em parceria com seis empresas (Samsung, Ericsson, MediaTek, Nokia, Opera e Qualcomm), Mark Zuckerberg lança o Internet.org em agosto de 2013. A intenç... Foto: ReutersMais
Zap Zap
Em fevereiro de 2014, o Facebook anunciou a aquisição do WhatsApp, um dos principais aplicativos de mensagem da atualidade, por US$ 21,8 bilhões (em v... Foto: ReutersMais
Realidade virtual
Em março de 2014, o Facebook expande seu foco de atividades ao comprar a startup Oculus, dona dos óculos de realidade virtual Oculus Rift, por US$ 2 b... Foto: ReutersMais
Reações
O velho botão de curtir ganhou novos companheiros em abril de 2016: desde então, as pessoas podem reagir às publicações dos amigos com "Amei", "Haha" ... Foto: ReutersMais
Feed de Notícias
Criticado pela disseminação de notícias falsas, o Facebook decidiu reagir em janeiro de 2018: naquele mês, a empresa disse que iria alterar seu algori... Foto: ReutersMais
3. O Facebook pode ter uma versão paga no futuro?
Boa parte da discussão desta tarde de terça-feira foi baseada no modelo de negócios do Facebook – usar dados dos usuários para vender anúncios e faturar com isso. Questionado se aceitaria que os usuários pagassem para usar o Facebook, sem ter seus dados coletados, Zuckerberg deu uma declaração ambígua. “Sempre haverá uma versão gratuita do Facebook”. A frase é diferente do que aparece na página inicial da rede social: “é de graça – e sempre será.”
Publicidade
PUBLICIDADE
Nas redes sociais, não foram poucos os que suspeitaram que isso poderia significar que uma versão paga do Facebook – sem anúncios, talvez? – poderia estar a caminho. Há, no entanto, quem diga que Zuckerberg construiu a frase para não se comprometer publicamente em dizer que o negócio será sempre gratuito – o que poderia lhe causar problemas na Justiça ou questionamentos de investidores no futuro, caso o negócio da empresa mudasse.
4. De quem são os dados?
Outra questão importante que Zuckerberg teve de responder foi sobre a posse e o controle dos dados dos usuários – afinal, se eles são das pessoas, por que é o Facebook que ganha dinheiro com isso? A pergunta do senador Brian Schatz quase encurralou o executivo do Facebook. Antes que Zuckerberg pudesse responder propriamente, porém, o tempo dedicado ao pronunciamento de Schatz – cinco minutos, por padrão – foi encerrado. (O tempo curto para cada parlamentar, aliás, foi outro aliado de Zuckerberg durante o depoimento.)
Antes das perguntas começaram, Zuckerberg repetiu o discurso que fez a jornalistas na semana passada, chamando para si a responsabilidade pelos erros cometidos pelo Facebook e pedindo desculpas. Frases com esse conteúdo se repetiram pelas cinco horas de depoimento – mas não agradaram a muitos parlamentares. “É hora de parar de pedir desculpas e trazer mudanças. Em 14 anos, não vimos muitas mudanças na forma como vocês garantem proteção para os usuários”, disse a senadora democrata Catharine Cortes Masto. Seu colega de partido, Richard Blumenthal levou até cartazes com frases antigas de Zuckerberg pedindo desculpas para sublinhar esse argumento.
Conheça as celebridades que já deixaram o Facebook após o escândalo com dados pessoais
1 / 7Conheça as celebridades que já deixaram o Facebook após o escândalo com dados pessoais
Elon Musk
Fundador da Tesla e da Space X, o empreendedor Elon Musk foi desafiado por um usuário do Twitter a deletar as páginas de suas empresas do Facebook, em... Foto: Reuters/Mike BlakeMais
Jim Carrey
Conhecido por inúmeros filmes de comédia, o ator Jim Carrey deletou sua conta no Facebook um pouco antes da revelação do escândalo com a Cambridge Ana... Foto: Reuters/Mario AnzuoniMais
Steve Wozniak
Em entrevista ao jornalUSA Todayem 8 de abril, o cofundador da Apple, Steve Wozniak, disse que iria deletar sua conta no Facebook. "Na Apple, vendemos... Foto: AP Photo/Luca BrunoMais
Cher
A diva pop foi outra que decidiu deixar a rede social de Mark Zuckerberg: em março, ela publicou no Twitter que estava deletando o Facebook, não sem d... Foto: Reuters/Keith BedfordMais
Will Ferrell
O comediante Will Ferrell foi um dos primeiros a deixar o Facebook: em março, ele declarou que estava deletando sua conta em protesto ao uso ilícito d... Foto: Reuters/Mario AnzuoniMais
Brian Acton
O cofundador do WhatsApp (e ex-funcionário do Facebook, por consequência) Brian Acton foi uma das principais vozes a se levantarem contra a rede socia... Foto: Reuters/Mike BlakeMais
Rosie O'Donnell
A atriz Rosie O'Donnell também foi outra que resolveu sair da rede social – em um tuíte feito em março, a atriz pediu ao Facebook para criar um botão ... Foto: APMais
6. O Facebook pode ter quebrado um contrato com a FTC
Em 2011, bem antes do início do escândalo da Cambridge Analytica, o Facebook assinou um acordo com a autoridade regulatória de comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) prometendo proteger os dados de seus usuários. O pacto é um dos principais temas em discussão hoje – se ficar provado que a empresa foi negligente no caso Cambridge Analytica, ela pode sofrer pesadas multas e sanções.
Na sessão desta terça-feira, 10, essa possibilidade se tornou mais concreta para a opinião pública: questionado pelo senador democrata Bill Nelson se avisou a FTC ou os usuários quando soube que a Cambridge Analytica tinha uma base de dados em 2015, Zuckerberg disse que não. “Achamos que o caso estava encerrado quando pedimos para eles deletarem essas informações.”
Publicidade
7. O novo mantra do Facebook não é… sexy
Nos “áureos tempos”, o mantra do Facebook era bastante agressivo: “seja rápido e quebre coisas”, uma tradução livre para “move fast and break things”. Quando um senador citou a frase, Zuckerberg interviu e disse que o lema da empresa foi atualizado. “Seja rápido, mas com infraestrutura estável”, lembrou ele. “É pouco sexy, eu sei.”
8. O WhatsApp não compartilha dados com o Facebook
Um aviso aos mais de 120 milhões de usuários brasileiros do WhatsApp – ou, no mínimo, uma promessa: segundo Zuckerberg, o Facebook não tem acesso aos dados de conversas dos usuários do WhatsApp, nem consegue criar anúncios baseados no conteúdo dessas conversas. A primeira parte é algo que o Facebook bate na tecla há tempos – graças à criptografia presente nas mensagens trocadas pelo aplicativo –, mas a segunda nunca foi dita de forma tão evidente. A União Europeia, porém, discorda: atualmente, uma investigação se há troca de informações entre os dois aplicativos está correndo no Velho Continente.
Publicidade
Veja a evolução do design do Facebook ao longo de 12 anos
1 / 12Veja a evolução do design do Facebook ao longo de 12 anos
Início
Assim nasceu o Facebook – ou melhor, o Thefacebook.com – em 2004. Em 4 de fevereiro, o site era voltado apenas para alunos de Harvard. Meses depois, c... Foto: ReproduçãoMais
Perfil de 2005
Em 2005, um perfil comum do Facebook mostrava muitos detalhes que você até encontra em um perfil hoje em dia, mas ainda de um jeito muito parecido com... Foto: ReproduçãoMais
Reforma
Em 2006, o Thefacebook perde o "the" e passa a ser só Facebook. Junto com a mudança de nome, o site ganha uma nova cara, com uma fonte mais legível e ... Foto: ReproduçãoMais
Mini Feed
Um ano depois, o Facebook ganhou uma cara mais adulta, o que incluiu a adição do Mini Feed no perfil: uma pequena timeline que mostrava as atividades ... Foto: ReproduçãoMais
Barrinhas
Em meados de 2008, o Facebook mudou de cara novamente: o principal destaque eram as barrinhas que organizavam melhor o layout do site, como a barra de... Foto: ReproduçãoMais
No que você está pensando?
Em março de 2009, o Facebook lançou uma nova página inicial, que adicionou uma ferramenta de publicação: a partir daquele momento, era possível postar... Foto: ReproduçãoMais
Foco nas fotos
Em 2010, mais uma reforma: o principal destaque ficou com a barra de fotos, que apareciam no topo da página do usuário e mostravam mais sobre como ele... Foto: ReproduçãoMais
Sem vergonha
Outra reforma de 2010 foi a adição do Open Graph, que permitiu que atividades de fora do Facebook aparecessem na linha do tempo. As novas postagens pr... Foto: ReproduçãoMais
Linha do Tempo
Em 2011, o Facebook introduziu um novo jeito de ver perfis de usuários: a Timeline. No lugar das informações escolhidas pelos usuários, o foco agora f... Foto: ReproduçãoMais
Ampliação
No início de 2012, o Facebook lançou uma nova ferramenta de visualização de fotos, que mostravam imagens maiores. Oscomentários e anúncios passavam a ... Foto: ReproduçãoMais
Foto de capa
Em março de 2013, a Linha do Tempo ganhou uma atualização considerável: além de mostrar novos jeitos para apps aparecem na timeline, a alteração criou... Foto: ReproduçãoMais
Perfil de hoje
E está aí um perfil dos dias de hoje. Muita mudança, né? Foto: Reprodução
9. Facebook não quer colaborar com política anti-imigração
Uma das principais bandeiras de Donald Trump na presidência é a resistência à imigração e presença de estrangeiros nos Estados Unidos – especialmente de países considerados suspeitos. Recentemente, começou a se discutir nos EUA a possibilidade do país pedir acesso às redes sociais – Facebook e Twitter, por exemplo – de um indivíduo que pedir vistos de turismo ou imigração. Questionado sobre o assunto pela senadora democrata Mazie Hirono, Zuckerberg disse: “Não colaboraríamos proativamente com um sistema desses, só se descobríssemos uma ameaça ou se uma ordem judicial nos pedisse assim.”
10. Zuckerberg não sabe se o Facebook monitora usuários quando está fechado
Não foram poucas as vezes em que Zuckerberg desviou de uma questão capciosa ou comprometedora dizendo uma frase mágica: “Meu time vai entrar em contato contigo para lhe passar os detalhes.”
Publicidade
Uma, porém, que ficou mesmo sem resposta, pode colocar o Facebook em apuros: no início do depoimento, o senador republicano Roy Blunt questionou Zuckerberg pelo monitoramento de dados que faz em smartphones Android, coletando, por exemplo, os metadados de chamadas telefônicas e mensagens de voz.
O executivo fez questão de dizer que a prática é feita pelo Facebook Messenger, app de mensagens instantâneas, já foi resolvida e não dá acesso ao conteúdo das mensagens. Na sequência, o político perguntou se o Facebook monitora a localização dos dispositivos mesmo quando o aplicativo está aberto. “Não sei responder isso”, disse Zuckerberg.