Nos últimos meses, tenho vivido uma verdadeira revolução profissional e pessoal com as possibilidades trazidas pela inteligência artificial (IA). O que começou como um exercício de estudo e análise sobre as tendências e ferramentas rapidamente se tornou parte integral da minha rotina. Passei a colocar a IA em prática em pequenos projetos e tenho percebido como a tecnologia pode não apenas aumentar a produtividade, mas transformar significativamente a forma como trabalhamos e criamos.
Minha jornada começou como educador, ao enfrentar o desafio de criar um novo curso de graduação em Administração com foco em tecnologia para o Inteli. Para me ajudar, treinei um assistente virtual com dezenas de documentos, modelos didáticas e bases acadêmicas, permitindo que ele se tornasse meu copiloto na tarefa de organizar conteúdos e buscar referências em fontes confiáveis. O impacto foi imediato: mais produtividade, melhor qualidade no trabalho e muito mais tempo para focar em outras áreas estratégicas do curso.
A IA também está mudando minha relação com redes sociais. Criei um assistente dedicado a buscar notícias atualizadas sobre tecnologia e empreendedorismo, identificar tendências e gerar ideias para postagens. Ele até escrever textos no meu estilo, refletindo meu tom e valores para eu revisar. O que antes era uma tarefa desgastante e demorada, hoje é parte de um processo fluido e eficiente, reforçando minha presença online com conteúdo relevante e com qualidade consistente.
Outra experiência marcante foi a criação da Anottra, uma influenciadora virtual gerada por IA que eu criei, para aprender mais sobre as ferramentas de IA criativas. Ela publica fotos e vídeos criados automaticamente nas redes e já conquistou seguidores e até assinantes pagantes em plataformas privadas de conteúdo criativo. Como se não bastasse, a Anottra também canta músicas criadas com IA, como uma amostra de como ferramentas generativas estão transformando não apenas o mercado de criação digital, mas a própria indústria de entretenimento audiovisual.
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Por fim, a IA reacendeu minha paixão antiga pela programação, que estava adormecida há mais de 15 anos. Com assistentes que ajudam a escrever, corrigir e compreender código, criei pequenos projetos e soluções automatizadas que atendem diversas das minhas necessidades do dia a dia. Voltei a passar noites mergulhado em ideias e possibilidades de desenvolvimento, como não fazia há muito tempo.
Se você ainda não está usando IA de forma consistente, saiba que já está atrasado. Essa tecnologia não só agiliza tarefas, mas redefine o que significa trabalhar, inovar e criar. A IA não vai apenas substituir empregos; ela vai transformá-los. O importante, portanto, é aprender a utilizá-la ao seu favor, como uma ferramenta poderosa de reinvenção. Estamos vivendo uma verdadeira revolução — e ela só está começando.
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