Desde que o magnata Elon Musk comprou e assumiu o controle do Twitter, a rede social vem anunciando uma série de mudanças. Entre elas, o próprio nome, já que passará a se chamar X, algo que pode soar um tanto quanto excêntrico.
A plataforma também limitou o número de visualizações no feed para combater robôs, e passou a vender selos de conta verificada, para descontentamento de muitos usuários. Isso sem contar nas mudanças na moderação, que passou a ser mais tolerante com conteúdos extremistas e a ignorar pedidos de comentários pela imprensa, respondendo e-mails de jornalistas com um emoji de fezes. Sim, isso mesmo.
Diante desse cenário de mudanças tão controversas, os concorrentes aproveitam para capturar parte dos usuários descontentes. De um lado, a Meta lançou o Threads, sua versão do Twitter, que já nasceu integrada ao Instagram e atraiu mais de 100 milhões de usuários na primeira semana de lançamento. De outro, o Tiktok anunciou que passaria a permitir postagens de texto da plataforma.
Fato é que o X deverá se tornar muito diferente do que conhecemos hoje. Alguns analistas apontam que a rede poderá se tornar um grande app de comunicação, incluindo conversas por chat e chamadas de vídeo. Outros dizem que poderia se tornar uma grande fonte de conteúdo, para consumo de notícias e informações sobre eventos, de forma ainda mais completa do que hoje.
O que poucos sabem, no entanto, são os reais planos de Musk. Ele já disse inúmeras vezes que gostaria de construir uma aplicativo do tipo super app, tão onipresente no ocidente como o WeChat é na China. Se a ideia for mesmo essa, ele terá muito trabalho pela frente. Considerando que o WeChat se tornou um super app a partir do meio de pagamento WePay, e que Musk tem experiência no setor, já que foi um dos fundadores do PayPal, eu não me surpreenderia se a X começar a investir na área financeira. Minha aposta é que temos uma grande fintech global a caminho. Será?
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