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Chinesa Huawei passa Apple e é segunda maior fabricante de smartphones do mundo

Empresa teve crescimento forte no país asiático e na Europa; Samsung segue na primeira posição, dizem consultorias de mercado

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Por Redação Link
Atualização:
Fundada como fabricante de infraestrutura para telecomunicações, Huawei é hoje também a segundamaior marca de smartphones do mundo Foto: Reuters

A chinesa Huawei superou a Apple e se tornou a segunda maior fabricante de smartphones do mundo em junho de 2018. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 1º, por diversas consultorias de mercado, após as duas empresas apresentarem seus resultados financeiros para o segundo trimestre deste ano. 

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A Huawei vendeu 54,2 milhões de aparelhos entre abril e junho, com 15,8% do mercado global; já a Apple teve 41,3 milhões de smartphones, com 12,1%. Em primeiro lugar, aparece a Samsung, com 71,5 milhões de dispositivos vendidos e 20,9% do mercado global. Ao todo, segundo dados da consultoria IDC, foram vendidos 342 milhões de smartphones no mundo no 2º trimestre. Em quarto e quinto lugar, aparecem as chinesas Xiaomi (31,9 milhões, 9,3% do mercado) e Oppo (29,4 milhões, 8,6% do mercado). 

É a primeira vez desde o segundo trimestre de 2010 que a Apple não ocupa uma das duas primeiras posições do mercado, em termos de participação nas vendas, descatou a IDC. "A ascensão da Huawei se deve à sua habilidade em mercados onde não estava ou sua marca era pouco conhecida até recentemente", destacou Ryan Reith, vice-presidente da consultoria, em nota divulgada à imprensa. 

Para Gerrit Schneeman, analista da consultoria IHS Markit, um dos diferenciais da chinesa é sua capacidade de vender smartphones de alto padrão por menor custo-benefício. "A Huawei tem sido capaz de lançar grandes aparelhos. O P20 Pro, lançado recentemente, por exemplo, é o primeiro dispositivo premium a ter uma lente tripla na câmera, um diferencial no mercado", disse ele. 

Além disso, os dados globais mostram a importância do mercado chinês no mundo – Xiaomi e Oppo, por exemplo, são marcas bastante competitivas em seu próprio país, mas tem projeção limitada fora da Ásia. A Xiaomi, vale lembrar, tentou até entrar no mercado brasileiro em 2015, mas fracassou após alguns meses. Hoje, o mercado chinês é vital para a Huawei, especialmente depois que a empresa teve problemas de vender seus aparelhos nos Estados Unidos, por temores de que facilitaria espionagem chinesa no país. 

Líder do mercado, a Samsung é a principal empresa a sentir os efeitos da competição chinesa: em seu balanço, publicado na última terça-feira, 31, a empresa teve lucro e vendas abaixo do esperado, citando a rivalidade com marcas como a Huawei. Já a Apple, apesar de ter vendido menos iPhones, viu sua receita subir 17% na comparação com o mesmo período do ano passado – o segredo é o bom desempenho do iPhone X, aparelho ultrapremium da empresa lançado por US$ 1 mil nos EUA (e R$ 7 mil no Brasil).

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