Com 5G, linha de smartphones Edge traz Motorola de volta ao mercado premium

Dupla de aparelhos Edge e Edge+ traz bateria parruda, conjunto de câmera sofisticado e conexão à nova rede; aparelho ainda não tem data nem preço definido para o Brasil

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O Motorola Edge+: processador de alto padrão e câmera com lente de 108 MP Foto: Motorola

Na última década, a fabricante de smartphones Motorola conquistou consumidores em todo o mundo com uma grande premissa: trazer aparelhos confiáveis a um bom custo-benefício. Nomes como Moto G, Moto X e Moto Z fizeram a alegria dos consumidores ao longo dos anos, ajudando, por exemplo, a popularizar funções como o 4G ou câmeras de lente dupla/tripla, até então disponíveis apenas em aparelhos mais caros. Investir numa linha premium, porém, foi algo que a Motorola não fez nesses anos. Em 2020, isso vai mudar: nesta quarta-feira, 22, a empresa controlada pela chinesa Lenovo anuncia o lançamento da linha Motorola Edge. 

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Por enquanto, a linha terá dois aparelhos: o Edge e o Edge+. Ambos trazem baterias parrudas, sistema de som otimizado, conjunto de câmeras com quatro lentes e até mesmo conectividade 5G – algo que ainda está longe de estar disponível no Brasil. Além disso, os aparelhos trazem design arrojado, com tela infinita e curva nas bordas, e processadores de ponta – o Edge+, por exemplo, é equipado com o Snapdragon 865, usado também pela Samsung no Galaxy S20. 

“É importante ter um portfólio com aparelhos em todas as faixas e ouvíamos muito dos consumidores o pedido para ter um celular topo de linha. Trabalhamos com força nesse sentido”, afirma Thiago Masuchette, gerente de produtos da Motorola no Brasil. Segundo ele, os dois aparelhos terão produção na fábrica da empresa em Jaguariúna, no interior paulista. Questionado pelo Estado em sessão com jornalistas, o executivo afirmou que ainda não há preço nem data para que os produtos cheguem ao Brasil, mas isso acontecerá “em breve”. Nos EUA, o Motorola Edge+ vai custar US$ 999. Já o Motorola Edge será lançado inicialmente na Itália, por € 699.  

Segundo Masuchette, os celulares vendidos no Brasil terão modem 5G e estarão prontos “para funcionar com a rede” quando ela estiver habilitada no País – as previsões mais otimistas dão conta de que isso só vai acontecer em 2021. “Porém, quando o usuário puder viajar para um local que tiver 5G, o celular vai funcionar direitinho.” Outra característica que ajudou a Motorola a ganhar espaço no mercado nos últimos anos – a preferência por não modificar o sistema Android, no que muita gente chama de “Android puro” – também estará presente nos dois novos aparelhos. 

Motorola Edge+ tem câmera poderosa

Com tela de 6,7 polegadas, o Motorola Edge+ é o irmão mais caro e robusto da dupla de aparelhos premium da Motorola. O smartphone traz processador Snapdragon 865, bem como 12 GB de memória RAM e um conjunto de lentes tripla, com direito a uma lente de 108 MP, combinada a uma grande angular de 16 MP e uma teleobjetiva de 8 MP. A câmera frontal tem 25 MP e o aparelho tem entrada para fones de ouvido, algo raro em celulares premium. 

Já a bateria tem 5.000 mAh (miliAmpére/hora), uma das maiores do mercado – e que a Motorola promete que será capaz de durar por até dois dias. O armazenamento interno é de 256 GB. 

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O Motorola Edge tem especificações menos potentes, mas pode trazer custo-benefício interessante, dependendo do preço que chegar ao Brasil Foto: Motorola

Motorola Edge é menos robusto, mas interessante

Já o Motorola Edge traz especificações um pouco mais simples, mas ainda bem interessantes. O processador é um Snapdragon 765, com 6 GB de memória RAM. Também tem tela de 6,7 polegadas, conectividade 5G e um conjunto de câmera tripla na parte traseira – sendo que a única diferença é uma lente de 64 MP, contra a de 108 MP do Edge+. A câmera frontal também tem 25 MP e há entrada de fone de ouvido. 

Já a bateria é de 4.500 mAh, que a Motorola também promete que é capaz de durar até dois dias. O armazenamento interno é de 128 GB, com opção de expansão com cartão de memória. 

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