O novo iPhone deve ser revelado em setembro, conhecido como o mês do lançamento dos novos smartphones da Apple. Como tem sido praxe há alguns anos, rumores e vazamentos sobre a produção dos aparelhos começam a surgir graças a informações de analistas do mercado — e 2021 não é exceção.
Para este ano, o próximo celular da fabricante americana deve se chamar iPhone 13, novamente ignorando a adição do “S” à família, algo que não acontece desde o iPhone XS (de 2018).
Apesar da mudança no numeral, o celular não deve trazer grandes diferenças em relação ao iPhone 12, que apresentou novidades significativas. No ano passado, o celular ganhou a possibilidade de conexão 5G, um design inspirado no iPhone 4 e quatro novos tamanhos: o iPhone 12 mini, iPhone 12, iPhone 12 Pro e iPhone 12 Pro Max.
Abaixo, veja o que esperar do iPhone 13.
Câmeras aprimoradas
Câmera é o principal diferencial do iPhone, então não é novidade que a Apple tente aprimorar as lentes do aparelho todo ano.
No iPhone 13, os rumores sugerem que as câmeras de todos os quatro modelos (do “mini” ao “Max”) devem receber o sensor espacial LiDAR (atualmente presente somente no iPhone 12 Max), utilizado principalmente em realidade aumentada. Também se fala que a nova lente ultra-angular irá ter maior qualidade de imagem em ambientes com pouca luminosidade, o que é sempre bem-vindo para fotos noturnas.
Aliás, as duas lentes traseiras dos iPhone 13 e iPhone 13 mini devem ser posicionadas na diagonal, de acordo com vazamentos de modelos de testes de fabricantes, possibilitando que todos os smartphones recebam o novo sensor LiDAR.
O conjunto de câmeras do iPhone 13 Pro Max deve ocupar um maior espaço na parte traseira do aparelho, também segundo vazamentos. No aparelho para “profissionais”, haverá recursos para vídeos em Modo Retrato (hoje disponível somente para fotos) e um novo formato de arquivo direcionado a editores de imagem, batizado internamente de ProRes.
Baterias
Calcanhar de Aquiles do iPhone, a Apple pretende expandir o tamanho das baterias do próximo smartphone da empresa, para garantir maior independência de energia fora da tomada.
O feito se dará devido a algumas economias de espaço interno do aparelho, como integração da entrada para chips à placa-mãe e a redução do entalhe da tela. Com isso, as baterias maiores poderão ser inseridas.
Além disso, se a Apple adotar o novo chip A15, como tem sido feito todo ano com novos processadores, a melhora na eficiência energética do semicondutor pode resultar em maior desempenho, portanto consumindo menos bateria.
O site DigiTimes afirma que, com essas novidades, o consumo de energia deve sofrer redução de 15% a 20%, graças ao novo processador e às maiores baterias.
A Apple pode lançar também um carregador de tomada de 25W, que permitiria carregar o aparelho de forma mais rápida ao conectar na tomada. Atualmente, os carregadores vendidos (separadamente) são de 20W.
Tela ‘gamer’
A taxa de atualização da tela do iPhone 13 deve ser de 120 Hz, própria para games por trazer uma navegação mais fluida e confortável aos olhos — atualmente, apenas o iPad Pro possui essa tecnologia, chamada de “tela ProMotion”. Outros celulares do mercado, como Samsung e Motorola, já trazem esse tipo de solução há alguns anos.
Não se sabe se todos os quatro modelos deste ano receberão a taxa de atualização de 120 Hz.
Tela Sempre Ligada
Similar ao Apple Watch Series 6 (apresentado em 2020), o iPhone 13 pode receber uma Tela Sempre Ligada, de acordo com a agência de notícias Bloomberg. O recurso permitiria que o smartphone permanecesse em descanso, mas com as horas e algumas notificações acesas o tempo inteiro, como um relógio.
Entalhe menor
Mesmo com tamanho idêntico aos modelos anteriores, o iPhone 13 deve trazer um “entalhe” menor na tela — isto é, aquele espaço que abriga a câmera de selfie e o leitor de reconhecimento facial (o Face ID). Segundo analistas, a façanha seria feita graças à unificação dos sensores, que ocuparia menos espaço.
O entalhe, apresentado no iPhone X, em 2017, incomodou diversos usuários por ser “invasivo” na tela infinita do smartphone, enquanto outras fabricantes adotaram soluções mais discretas, como um único círculo ou mesmo sensores sob a tela.
Talvez não neste ano…
A Apple estuda lançar algumas novidades em futuros modelos que podem vir em 2022 em diante. Entre elas, estão reinserir o leitor biométrico (Touch ID, apresentado no iPhone 5S, em 2013, e abandonado em 2017 pelo Face ID) — mas desta vez sob a tela, como adotaram algumas fabricantes chinesas, como Xiaomi e Realme.
Outro rumor é que a Apple pode colocar câmeras frontais sob a tela, como já faz a Samsung com o Galaxy Z Fold 3, apresentado ontem pela sul-coreana. Aliás, a rival americana também estuda lançar um smartphone dobrável, mas o analista Ming-Chi Kuo diz que o aparelho deve vir somente em 2023, no mínimo.
No futuro, o iPhone pode não ter entradas. Ou seja, depois de perder a entrada para fone de ouvido em 2017, é possível que a Apple corte a entrada Lightning, utilizada hoje para carregar na tomada. O resultado disso seria um celular sem portas para cabos, sendo conectado apenas com fones de ouvido Bluetooth e carregamento sem fio.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.