Celulares dobráveis são bons?

Testamos os mais recentes smartphones dobráveis para ver as vantagens - e o que precisa ser melhorado

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Por Chris Velazco

THE WASHINGTON POST - Seu telefone pode tirar fotos premiadas, tocar qualquer música já gravada e conectá-lo à soma do conhecimento humano. Mas ele pode se dobrar ao meio?

A resposta provavelmente é não, mas seu próximo telefone talvez consiga.

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Espera-se que as vendas globais de smartphones dobráveis cresçam mais de 50% este ano, segundo estimativas da empresa de pesquisa International Data Corporation, já que a Motorola, o Google e a Samsung estão ansiosos para vender seus modelos mais recentes. Mas o que você realmente ganha ao viver com um dobrável?

Para descobrir, testamos todos os novos telefones dobráveis que essas empresas lançaram até agora este ano - e há pelo menos mais um a caminho - para ter uma noção melhor do que é bom e do que não é.

Se você está pensando em fazer o upgrade para um smartphone dobrável, aqui está o que você precisa saber.

Dobráveis vêm em dois formatos

Os dobráveis do tipo flip provavelmente serão familiares para qualquer pessoa que teve um celular no início dos anos 2000. Eles são smartphones bem tradicionais quando abertos, mas você pode fechá-los quando terminar. Isso inclui o novo Galaxy Z Flip 5 da Samsung e o Razr+ 2023 da Motorola.

A principal vantagem? A portabilidade. Você pode colocá-los mais facilmente em um bolso ou em uma bolsa pequena, e os modelos mais novos melhoram o negócio com recursos como telas externas grandes. Isso significa que você pode usá-las para enquadrar selfies com as câmeras principais do telefone, controlar rapidamente suas músicas e responder a mensagens sem precisar abrir o telefone.

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Sua outra opção é um tipo muito maior de dobrável que se parece com um smartphone normal quando fechado, mas que se transforma em um pequeno tablet ao ser aberto. Você os verá com frequência com nomes que incluem a palavra “fold” (dobrar), e esses aparelhos são geralmente chamados de “híbridos” porque são efetivamente dois aparelhos em um.

Celulares dobraveis vem em varios formatos diferentes Foto: Reuters/Sergio Perez

Esses dispositivos podem parecer bastante pesados em comparação com os telefones tradicionais, mas suas grandes telas internas os tornam ideais para mergulhar em filmes, livros e jogos. Eles também são ótimos para multitarefa - você poderá usar pelo menos dois aplicativos lado a lado e, em alguns casos, poderá ter até quatro aplicativos abertos ao mesmo tempo. Obviamente, isso não é algo que todos precisam fazer, mas os dobráveis podem definitivamente ser úteis se você costuma fazer malabarismos com muitas tarefas.

Preços dos dobráveis variam muito

Espere ver preços de etiqueta que geralmente são um pouco mais altos do que o normal. Isso é especialmente verdadeiro para esses híbridos de telefone e tablet - eles existem há quase quatro anos, mas nenhuma das empresas que os vendem nos Estados Unidos lançou um novo modelo que custe menos de US$ 1,7 mil.

A história é um pouco diferente para os dobráveis estilo flip - agora eles podem ser adquiridos por cerca de US$ 1 mil novos, o que ainda é muito dinheiro para um telefone, mas bem dentro do preço dos smartphones de ponta atualmente. (Telefones premium como o Galaxy S23 Ultra da Samsung e o iPhone 14 Pro da Apple custam, na verdade, mais).

Nosso conselho habitual se aplica aqui: Quando você achar que é hora de comprar um novo telefone, faça tudo o que puder para evitar pagar o preço total. Em geral, não é preciso muito trabalho - no máximo, será necessário um pouco de paciência.

Dobráveis têm suas desvantagens

Em primeiro lugar, a duração da bateria pode ser um problema para alguns modelos.

Os dispositivos mais antigos geralmente tinham dificuldade para durar um dia inteiro, o que pode ser inaceitável, considerando o preço desses aparelhos. Os modelos mais recentes em estilo flip de ambas as empresas têm baterias que duram pelo menos um pouco mais, mas se você passa muito tempo no telefone, provavelmente ainda precisará carregá-lo novamente antes do fim do dia.

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Se você tira muitas fotos, talvez fique desapontado em saber que os telefones dobráveis raramente têm as melhores e mais recentes câmeras. Isso se deve principalmente à forma como são projetados - como eles se dobram ao meio, há menos espaço interno para os sensores de câmera grandes e sofisticados que tendem a ser instalados em telefones tradicionais e caros.

E mesmo que os telefones dobráveis atuais não sejam tão frágeis quanto os modelos anteriores, ainda é preciso ter um pouco mais de cuidado ao manuseá-los. Eles são muito piores, por exemplo, para se livrar de poeira, sujeira e detritos do que um telefone tradicional - ou seja, esses pequenos pedaços podem entrar e potencialmente danificar a tela ou a dobradiça do dispositivo.

Quais valem a pena?

Analisar todas as suas opções pode ser complicado - aqui está o que descobrimos depois de testá-las.

Os precos variam de dobravel para dobravel Foto: Andrew Kelly / REUTERS

Google Pixel Fold (US$ 1,8 mil): O Pixel Fold é a primeira tentativa do Google de criar um aparelho dobrável e, de certa forma, isso se mostra evidente; ele é pesado até mesmo para os padrões de aparelhos dobráveis e apresenta molduras volumosas ao redor da tela interna. A duração da bateria também é boa - eu esperava algo melhor de um telefone tão caro.

O que salva o Pixel Fold é o restante do seu design, como a tela espaçosa em formato de passaporte e a minha configuração de câmera favorita de todos os dobráveis que testei. Geralmente, recomendamos que as pessoas evitem produtos de primeira geração, e o Pixel Fold não é exceção - mas ele acerta o suficiente para que eu espere que o Google decida continuar fabricando-os.

Samsung Galaxy Z Fold5 (US$ 1,8 mil): A Samsung lançou cinco desses dispositivos em quatro anos, portanto, não é de se admirar que o novo Z Fold pareça tão polido. Além disso, ele usa um processador poderoso (e atualizado), o que o torna um pouco mais preparado para o futuro do que o Pixel Fold. E seu software, apesar de ser exigente, oferece muita flexibilidade. Esse também é o melhor dobrável que testamos para multitarefa; com um pouco de trabalho, você pode ter até quatro aplicativos em execução na tela ao mesmo tempo.

Mas ele não é perfeito. As bordas quase inexistentes ao redor da tela interna não oferecem muito espaço para os dedos, portanto, toques acidentais são comuns. E a tela frontal alta e estreita pode parecer estranha para ser usada como telefone - imagine enviar mensagens de texto pelo controle remoto da sua TV e você estará no caminho certo. Mesmo assim, é a opção mais segura - e mais elegante - para quem está pensando em usar um híbrido de telefone e tablet. Mas não compre um até que você mesmo o experimente.

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Motorola Razr+ (US$ 1 mil): A Motorola fez uma pausa de anos antes de lançar o Razr+ deste ano, e esse tempo foi bem aproveitado. O Razr é elegante e confortável de segurar, e sua grande tela externa permite que você execute praticamente qualquer aplicativo sem precisar abrir o telefone. (Também é, na minha opinião, o celular mais bonito do grupo).

O problema? Às vezes, ele tem dificuldade para passar um dia inteiro de uso sem carga, e é o menos resistente à água de todos os dobráveis que testamos. É uma escolha sólida se você não for propenso a acidentes, mas ainda temos algumas dúvidas sobre a durabilidade a longo prazo.

Samsung Galaxy Z Flip5 (US$ 1 mil): Como seu irmão maior, o Z Flip5 é a escolha segura para quem quer um dobrável no estilo flip. Ele é um pouco mais rápido do que o modelo do ano passado, é um pouco mais durável e a bateria dura um pouco mais, embora isso se deva principalmente ao fato de eu poder fazer mais coisas sem ter que abrir (e ligar) a tela interna maior.

Mas ele não é emocionante. Ele fica atrás do Razr - a tela externa do Z Flip5 dá mais trabalho para ser configurada, e acho seu design em blocos um pouco menos confortável de segurar. Mas, com um compromisso mais longo para atualizações de software e recursos como melhor resistência à água, é um ótimo ponto de partida para os novatos em dobráveis. / TRADUÇÃO POR ALICE LABATE

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