Galaxy S23: Novo celular da Samsung tem câmera de 200 MP e custa até R$ 12,5 mil

Novo topo de linha tem três modelos e chega ao Brasil nesta quarta-feira

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Foto do author Bruna Arimathea
Atualização:

SÃO FRANCISCO - Depois de semanas de expectativas sobre a nova linha de celulares da Samsung e de rumores circulando na internet, a gigante sul-coreana finalmente apresentou os modelos de 2023 da linha Galaxy S: os modelos Galaxy S23, S23+ e S23 Ultra. Com novidades no design e no funcionamento dos aparelhos, o celular chega ao Brasil por até R$ 12,5 mil - é a primeira vez que o País recebe um lançamento da empresa ao mesmo tempo que o mercado global. Os novos modelos foram anunciados nesta quarta-feira, 1, em um evento realizado em São Francisco, EUA.

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Assim como no ano passado, o modelo Ultra é a proposta da Samsung para ser o aparelho premium da família Galaxy S, em uma fusão com ferramentas do antigo Samsung Note - um processo que começou em 2022. Para este ano, o Ultra mantém características essenciais, como a S Pen, caneta interativa da empresa, e o design mais reto nas bordas. Chama a atenção, porém, a super câmera de 200 megapixels (MP),maior resolução já encontrada em um celular da marca.

Acompanhe o evento abaixo

Já nos outros dois modelos, o S23 e S23+, as mudanças são mais singelas. As lentes do conjunto triplo da câmera traseira ficaram um pouco mais potentes e o formato do aparelho, mais achatado nas laterais e arredondado nas pontas, perde a “cama” em alto relevo para as lentes, deixando o celular mais uniforme.

Além disso, em todos os aparelhos lançados nesta quarta-feira, a Samsung adicionou um processador desenvolvido com a Qualcomm especialmente para os seus celulares. O Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy é, de acordo com a Qualcomm, “o Snapdragon mais rápido de todos os tempos”, resultando em um desempenho mais rápido e eficiente dos aparelhos. O processador também será o mesmo em todos os aparelhos da família no mundo inteiro, eliminando de vez o uso do chip Exynos, da própria Samsung, na linha S.

Com opções que vão de 128 GB até 1 TB de armazenamento, os aparelhos da nova linha Galaxy S chegam ao Brasil com preços a partir de R$ 6 mil, podendo chegar até R$ 12,5 mil na versão mais equipada.

Samsung S23 Ultra segue como topo de linha da companhia  Foto: Bruna Arimathea/Estadao

S23 Ultra

O S23 Ultra ganha, além das melhorias de desempenho, uma lente mais potente e ainda mais área de tela - mantendo a característica da borda infinita na lateral do aparelho.

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Para fotos de 200 MP com a lente grandular, porém, é preciso habilitar uma configuração manual - por padrão, a opção fica desligada para preservar o armazenamento, já que as fotos em maior resolução geram arquivos grandes, em relação às fotos comuns. Sem a configuração, a resolução padrão das fotos cai para 12 MP (lente ultra angular). Esse é um recurso adotado há alguns anos pela indústria, inclusive pela Apple a partir do iPhone 14 Pro. Há ainda uma lente telefoto de 10 MP.

Uma inteligência artificial (IA) implementada no celular cuida do tratamento das fotos em conjunto com diversas ferramentas de imagens noturnas, como o Nightography, configuração que “estuda” pontos claros e escuros das fotos para gerar a melhor resolução possível nas imagens feitas com o aparelho.

Com a IA, a Samsung também conseguiu trazer para o S23 Ultra uma estabilização de vídeo aprimorada em modo noturno e o reconhecimento de cena na lente frontal - ferramenta que consegue distinguir planos e objetos para fazer um desfoque em modo retrato, por exemplo, na câmera de selfie.

O S23 Ultra tem bateria de 5.000 mAh, mesma especificação do ano anterior, já que a empresa optou, deliberadamente, por não alterar o tamanho do componente no celular. Estão disponíveis versões com armazenamento de 256 GB, 512 GB e 1 TB, e 12 GB de memória. A tela é Amoled de 6,8 polegadas.

Por aqui, a versão mais simples do S23 Ultra sai por R$ 9,5 mil, nas cores lavanda, preto, verde e creme, enquanto o mais equipado chega ao mercado por R$ 12,5 mil.

S23 e S23+

Galaxy S23 custa a partir de R$ 6 mil  Foto: Bruna Arimathea/Estadao

Ao ver os aparelhos mais “básicos” da linha Galaxy S é impossível não se recordar dos modelos do ano passado. Os telefones seguem o mesmo padrão de 2022, com pouca diferença, inclusive nas especificações, entre as versões. A principal diferença é o processador desenvolvido pela Qualcomm, que também estará presente nos modelos mais simples da família. Ao contrário da Apple, que dividiu seus aparelhos por tipos de processador, a Samsung optou por oferecer o mesmo chip em todos os seus modelos.

O conjunto de câmeras dos dois modelos é o mesmo, seguindo as lentes triplas já presentes no aparelho desde o ano passado. Agora, a câmera principal é uma grande-angular de 50 MP, acompanhada de lentes de 12 MP (ultra-angular) e 10 MP (telefoto). O aparelho em si fica mais bonito, mas, ainda assim, é uma mudança pouco significativa em relação ao modelo do ano passado. Na câmera frontal, a lente de selfies é de 12 MP.

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A tela também permanece com as mesmas proporções: 6,1 polegadas e 6,6 polegadas, respectivamente, para o S23 e o S23+, nos displays de Amoled.

Na bateria, a promessa da empresa é que a carga do celular possa durar mais tempo, uma vez que o componente passou a ser de 3.900 mAh no S23 e de 4.700 mAh no S23+. O salto, em relação às últimas versões, não passou sem que o design do modelo fosse alterado - o aumento da bateria foi inevitável, algo que a empresa acomodou bem no corpo do aparelho, de acordo com Ricardo Citrini, gerente de produto da Samsung no Brasil, em conversa com a imprensa em São Francisco.

Disponível nas cores lavanda, creme, preto e verde, o S23 chega ao mercado nas versões de 128 GB, 256 GB e 512 GB de armazenamento, e vai custar a partir de R$ 6 mil. Já o S23+ fica com apenas as opções de 256 GB e 512 GB e vai estar nas prateleiras com preços a partir de R$ 7 mil. Ambos os modelos possuem 8 GB de memória.

Outra novidade importante para os aparelhos lançados pela Samsung é o aumento do período de atualização do sistema operacional. Em parceria com o Google, os novos Galaxy S terão até quatro atualizações de software disponíveis nos próximos anos - nos lançamentos anteriores, era comum que apenas dois anos fossem contemplados na atualização. A extensão é uma forma de prolongar a vida útil do software do telefone, um mote que a empresa tem adotado em prol da sustentabilidade.

Galaxy S23+ tem o mesmo chip do S23 Ultra  Foto: Bruna Arimathea/Estadao

Novos Galaxy Book

Após a consolidação da linha Galaxy como sua principal família de celulares, a Samsung parte também para uma tentativa de tornar o nome uma referência em outras classes de dispositivos. Assim, novos produtos devem começar a ser lançados debaixo do guarda-chuva desta categoria, afirmou Citrini.

Neste ano, por exemplo, juntamente com os celulares, a empresa lançou uma linha de notebook Galaxy para reforçar a marca, em vez dos tablets e fones de ouvido sem fio que costumam aparecer nos eventos de início de ano da empresa.

Os novos notebooks chegam nas versões Galaxy Book 3, Book 3 360, Book 3 Pro, Book 3 Pro 360, e Book 3 Ultra, em que a maior tela deve ter 16 polegadas, mas modelos menores e com diferentes opções tela - como um display que gira 360 graus, que transforma o computador em um tablet - também vão estar disponíveis.

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Eles não têm data de lançamento no Brasil ainda. Nos EUA, vão custar a partir de US$ 1.250 (Pro), US$ 1.400 (Pro 360) e US$ 2,2 mil (Ultra).

Modelos de Galaxy Book, novos notebooks lançados pela Samsung nesta quarta, 1 Foto: Bruna Arimathea/Estadão

Eles levam os processadores Intel de décima terceira geração (disponível em i7 e i9), processadores gráfico da Nvidia e painel de Amoled com 3K de resolução.

A atenção nos notebooks, porém, ficou com uma nova ferramenta desenvolvida pela Samsung unindo a Microsoft, com o sistema operacional Windows, e Google, com o Android, para promover uma integração maior entre as funcionalidades de aparelhos do ecossistema.

Com isso, será possível, nas versões mais recentes dos aparelhos, utilizar celular, notebook e tablet como complementos de uma mesma área de trabalho. Assim, os aparelhos podem ter, além de uma segunda tela (semelhante a um monitor),a possibilidade de transferir arquivos entre si apenas com o comando para copiar e colar, ou mesmo arrastando arquivos de uma tela para a outra.

A Apple já possui uma ferramenta bastante semelhante no ecossistema de aparelhos da marca, mas sempre sob o sistema operacional próprio da empresa. Para a Samsung, segundo Citrini, o desafio é integrar softwares de empresas diferentes para fazer com que a ferramenta possa ser utilizada sem ruídos.

*A repórter viajou para São Francisco a convite da Samsung Brasil

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