A Apple realizou nesta terça-feira, 12, seu principal evento do ano, batizado de “Wonderlust”. Nele, a gigante apresentou a nova família do iPhone 15 e novas versões do relógio Apple Watch. Chamaram a atenção a nova entrada USB-C, que aparece pela primeira vez no iPhone, e a popularização do recurso Ilha Dinâmica.
Outros anúncios, no entanto, não empolgaram tanto, como a nova versão do Apple Watch Ultra e a armação de titânio do iPhone 15 Pro. Veja abaixo os melhores e piores anúncios do evento da Apple.
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Melhores anúncios da Apple
1. Ilha Dinâmica para todos
A grande novidade do iPhone 14, no ano passado, foi o recurso batizado de Ilha Dinâmica (ou Dynamic Island), que funciona por meio da integração entre o hardware (conjunto de câmera de selfie e Face ID) e o software do aparelho, algo que reforça a reputação da Apple de saber combinar profundamente os dois lados da mesma moeda.
A novidade virou uma nova central de notificações do iPhone. É ali que o telefone indica quando você conecta fones de ouvido, quando a bateria cai abaixo dos 20% ou quando alguém está ligando. Cada uma das notificações varia em tamanho e função conforme o recurso ou app em uso — como o nome indica, é um recurso dinâmico. No entanto, ela foi lançada apenas com os modelos Pro no ano passado.
Com a família iPhone 15, a ilha está presente em todos os modelos e não é necessário pagar mais caro por um recurso que mudou o iPhone de patamar. Bola dentro da Apple.
2. Câmeras do iPhone 15 Pro
A Apple tem deixado os principais avanços em câmeras para os celulares topo de linha da marca, ou seja, os “Pro” e “Pro Max”. Neste ano, essa máxima se mantém — e as novidades são empolgantes.
O iPhone 15 Pro (e o irmão “Max”) permite fotos em seis diferentes modos: macro, 13 mm, 24 mm, 28 mm, 35 mm e 48 mm, com melhor entrada de luz, cores mais vivas e maior velocidade no clique. Além disso, a câmera traseira do iPhone 15 Pro Max permite zoom óptico de 5x, graças ao salto na lente telefoto, que simula uma lente de 120 mm.
A Apple afirma que o conjunto de câmeras do iPhone vai permitir, também, a captura de “vídeos espaciais”, que apresentam tridimensionalidade ao serem exibidos nos óculos Vision Pro, revelados pela Apple em junho passado e planejados para chegarem às lojas em 2024.
Resta ver se, nos próximos anos, essas novidades vão chegar para os modelos de entrada.
3. Finalmente chegou o USB-C
Foi com muita má vontade, mas a Apple finalmente adotou o padrão USB-C em seus celulares. A decisão é parte de uma exigência da União Europeia para os dispositivos eletrônicos que circulam na região, o que obrigou a Apple a seguir a determinação se quisesse manter seus aparelhos no bloco.
Presente em outros dispositivos da marca, como o iPad de 10ª geração e o MacBook, o USB-C substitui o conector Lightning, que fazia parte da família do iPhone desde 2012.
A mudança é o típico caso de “antes tarde do que nunca”, já que o USB-C permite carregamento mais veloz da bateria, além de permitir transferências de arquivos com taxas mais altas. O USB-C pode chegar a 40 Gbps de velocidade, enquanto o Lightning só suporta 480 Mbps.
Bônus: Apple se rende ao ‘Barbiecore’
A Apple já teve produtos rosa no passado, mas a gigante parece ter se rendido à onda da Barbie em 2023. No evento desta terça, foram apresentados o Apple Watch Série 9 e o iPhone 15 em rosa. São bonitos e fogem da obviedade de eletrônicos pretos e metálicos.
Os piores anúncios da Apple
1. Armação de titânio
Uma das novidades do iPhone 15 Pro é um acabamento em titânio na lateral, mas ela acrescenta pouco ao celular. Não faz nenhuma diferença estética e a mudança no peso é mínima - são cerca de 20 gramas a menos em relação à família 14 Pro. Parece uma atualização apenas para constar na lista de anúncios.
2. Apple Watch Ultra 2
O Apple Watch Ultra foi apresentado no ano passado como um relógio para esportes radicais, como escalada e mergulho. É um smartwatch para um público menor, com necessidades específicas.
A versão revelada neste ano, batizada de Apple Watch Ultra 2, traz pouco para justificar uma troca ou tentar expandir esse leque de potenciais compradores: há um novo processador, tela com 3 mil nits e localizador mais preciso, entre outras novidades.
Nada disso, porém, empolga. A sensação é a de que um sucessor poderia esperar mais um ou dois anos para ser lançado.
3. Pulseira FineWoven
A Apple desenvolveu uma pulseira nova para o relógio inteligente da marca. Batizada de FineWoven, o produto é de material 68% reciclado após consumo, tem brilho discreto e tem toque que “se assemelha ao da camurça”, diz a empresa. Aqui, a ideia é substituir as pulseiras de couro antes vendidas.
O esforço em diminuir a pegada de carbono dos produtos é importante, mas, durante a apresentação, o anúncio acabou dando destaque demais para um recurso que muita gente sequer vai conhecer.
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