Mark Zuckerberg testa óculos Vision Pro, da Apple: ‘Produto da Meta é melhor, ponto final’

Dispositivos têm diferença grande no preço, mas são similares em atividades

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Foto do author Alice Labate
Atualização:

O empresário Mark Zuckerberg, presidente executivo da Meta, decidiu experimentar os óculos de computação espacial da Apple, o Vision Pro, lançado em 2 de fevereiro por US$ 3,5 mil nos Estados Unidos — e tido como o principal concorrente do Quest 3, vendido pela Meta por US$ 500. A avaliação do criador do Facebook sobre o rival, é claro, não é positiva.

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“Eu não acho somente que o Quest tem um melhor valor. Eu acho o que o Quest é um produto melhor, ponto final”, afirmou Zuckerberg em vídeo publicado em sua conta no Instagram na terça-feira 13. O vídeo, com quase quatro minutos de duração, segue como um “review” clássico de produtos, como é comum no mercado de tecnologia.

Para Zuckerberg, o Quest 3 tem vantagens sobre o Vision Pro. O produto da Meta é 120 gramas mais leve que o concorrente, cujo peso é de 650 gramas. Essa, aliás, é uma das principais críticas aos óculos da Apple: pessoas que testaram o produto afirmam que o uso prolongado torna-o pouco confortável (leia mais aqui).

Além disso, o CEO elogiou a liberdade de movimento proporcionada pelo Quest 3, devido à ausência de fios e a um campo de visão mais amplo no dispositivo, bem como as preferências de controle manual e rastreamento do aparelho da Meta.

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Zuckerberg testou os óculos Vision Pro da Apple mas continua achando os da própria empresa melhor Foto: Mike Blake/Reuters

Tanto o Vision Pro quanto o Quest 3 apoiam-se na realidade mista, conceito que consiste em ficar imerso na realidade virtual (RV) e, também, interagir com o mundo físico e digital ao mesmo tempo (realidade aumentada). Com ambos os óculos é possível realizar várias atividades simultaneamente, enquanto interage com o “mundo real”, já que os aparelhos permitem ter várias telas diferentes com diversas tarefas, como ver um filme e escrever um artigo simulaneamente.

Zuckerberg enfatizou a vasta biblioteca de conteúdo “imersivo” do Quest, embora tenha admitido que o Vision Pro oferece uma experiência de entretenimento superior por ter qualidade de imagem maior (mais de 4K de resolução por olho, diz a Apple) e por possuir o recurso de rastreamento ocular (que acompanha o movimento dos olhos do usuário, que funciona como um cursor). Atualmente, há cerca de 600 aplicativos disponíveis na loja de computação espacial da Apple, enquanto a Meta oferece cerca de mil.

A Meta vai ter o novo modelo de destaque no mundo da realidade mista

Mark Zuckerberg, CEO da Meta

Embora o Quest 3 seja significativamente mais acessível em termos de preço, Zuckerberg não deixou de apontar a experiência histórica da Apple na fabricação de dispositivos e em oferecer um ecossistema de aplicativos para desenvolvedores. O executivo ressaltou que a Meta tem uma vantagem competitiva atualmente, mas reconhece que a batalha dos óculos de realidade virtual está apenas começando.

“Muitos assumem que o Vision Pro é melhor por ser da Apple e por custar US$ 3 mil a mais, mas, na verdade, estou bem surpreso pelo Quest 3 ser melhor na maioria das coisas”, disse Zuckerberg no vídeo. “A realidade é que toda geração de eletrônicos tem um modelo que se destaca. Em relação a celulares, os da Apple ganharam, mas, na geração de PCs, foi a Microsoft que se destacou. Nessa nova geração, a Meta vai ter o novo modelo de destaque”.

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As duas empresas preparam-se para disputar o mercado da realidade virtual e aumentada, que promete ser o futuro da internet nas próximas décadas. Apesar disso, nenhuma as empresas concorda sobre o termo a ser adotado na divulgação dos produtos: a Apple utiliza o conceito de computação espacial, que diz respeito à navegação tridimensional e imersiva; já a Meta aposta no conceito de metaverso, em que usuários têm gêmeos virtuais e espaços virtuais semelhantes ao mundo físico.

Quest 3, da Meta, foi lançado nos Estados Unidos por US$ 499 em 10 de outubro de 2023 Foto: Divulgação/Meta

*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

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