Gordon Moore, cofundador da Intel, morreu nesta sexta-feira, 24, aos 94 anos. Segundo informou a empresa fabricante de chips e computadores, fundada por Moore e Robert Noyce em 1968, o empresário morreu cercado por familiares em sua casa no Havaí.
Formado em Engenharia, Moore criou em 1965 a Lei de Moore, que previu que o número de transistores que poderiam ser colocados em um chip de silício dobraria em intervalos regulares no futuro previsível, aumentando assim exponencialmente o poder de processamento de dados dos computadores.
A previsão, que estimulou revolução dos computadores pessoais e smartphones, ajudou a levar a Intel e os fabricantes de chips rivais a direcionar agressivamente seus recursos de pesquisa e desenvolvimento para garantir que essa regra se tornasse realidade.
Com isso, os chips tornaram-se mais eficientes e baratos, ajudando a impulsionar grande parte do progresso tecnológico mundial por meio século e permitindo o advento não apenas de computadores pessoais, mas da internet e de gigantes do Vale do Silício como Apple, Microsoft, Amazon, Google e Facebook.
Nos últimos anos, rivais da Intel, como a Nvidia, argumentaram que a Lei de Moore não é mais válida, pois as melhorias na fabricação de chips diminuíram. No entanto, apesar dos tropeços de fabricação que levaram a Intel a perder participação de mercado nos últimos anos, o atual presidente-executivo, Pat Gelsinger, disse acreditar que a Lei de Moore ainda é válida, já que a empresa investe bilhões de dólares em um esforço de recuperação.
Moore foi presidente executivo da Intel até 1975, embora ele e o CEO Noyce se considerassem iguais. De 1979 a 1987, Moore foi presidente e CEO e permaneceu como presidente até 1997. Em 2023, a revista Forbes estimou seu patrimônio líquido em US$ 7,2 bilhões. Ao longo de sua vida, ele doou mais de US$ 5,1 bilhões para causas beneficentes por meio da fundação que criou com sua esposa Betty, com quem foi casado por 72 anos. / Reuters, AP e The New York Times
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