O ChatGPT vai ficar mais caro para usuários avançados. A OpenAI anunciou nesta quinta, 5, que o chatbot esperto vai ganhar um novo plano, chamado ChatGPT Pro, que vai custar US$ 200 por mês. Segundo Sam Altman, fundador da companhia, o novo plano vai dar acesso aos modelos de inteligência artificial (IA) mais sofisticadas da startup - o novo plano já esta disponível para os usuários.
A primeira das IAs avançadas foi revelada também nesta quinta, que trata-se de uma nova versão da OpenAI o1, batizada de o1 Pro. Ao contrário de outros grandes modelos de linguagem (LLMs), que tentam responder imediatamente a um comando, o o1 aborda os problemas em etapas, de forma parecida com aquilo que humanos fazem quando se deparam com tarefas complexas. O sistema avalia cada estágio na construção da resposta, o que permite a correção de erros e adoção de novas estratégias - um processo chamado de cadeia de pensamento (ou chain of thought). Dessa maneira, a o1 conseguiu melhorias importantes em áreas como ciência, matemática e programação.
Até aqui, no entanto, a OpenAI disponibilizava a versão “preview” e a versão padrão do novo modelo, que foram apresentadas em setembro. Agora, no plano ChatGPT Pro, está disponível também o o1 Pro, que usa ainda mais poder computacional para “pensar” as respostas. “Alguns usuários precisam de mais pode computacional que US$ 20 podem pagar”, afirmou Sam Altman na apresentação, citando o valor atual da versão paga do chatbot.
O plano mais barato continua a existir, no entanto, a assinatura mais cara dará também acesso ilimitado aos modelos OpenAI o1, o1-mini, GPT-4o e Advanced Voice (que permite conversar com o sistema)
Segundo a demonstração exibida pela companhia nesta quinta, o o1 Pro exibe leve melhoras em testes de matemática e ciência em comparação com o modelo tradicional. Em questões da AIME, um dos principais exames de matemática dos EUA, o novo sistema tem precisão de 85,8%, enquanto o o1 tem 7,3%. O GPT-4o tem precisão de apenas 13,4%.
Já em questões de ciência de nível PhD, o o1 padrão tem precisão de 75,6%, enquanto o o1 Pro aumenta a marca levemente para 79,3%. A companhia também afirmou que conseguiu melhorar os índices de confiança das respostas.
Na apresentação, Altman afirmou que o novo modelo poderá ser útil para cientistas, engenheiros, programadores e profissionais que desenvolvem trabalho técnico. “Os usuários do novo modelo são as aqueles que já estão levando o o1 ao limite”, disse um dos engenheiros. A companhia também fez outros ajustes ao o1. Por exemplo, ele responde rapidamente a questões rápidas e dedica mais recursos para perguntas sofisticadas. Antes, o modelo podia demorar até 10 segundos para responder algo como “oi, tudo bem?”.
O anúncio desta quinta foi o primeiro de uma série de 12 que a OpenAI planeja fazer nos próximos 12 dias. Nesta sexta, 6, o tema deverá ser voltado para programadores.
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