*Atualizada em 27/05, às 16h 59
A Dock, startup de software de meio de pagamento, anunciou nesta quinta-feira, 12, um aporte no valor de US$ 110 milhões, liderado pelos fundos Lightrock e Silver Lake Waterman, com participação de Riverwood Capital, Viking Global Investors e Sunley House Capital. Com avaliação de US$ 1,5 bilhão, a empresa se junta a outras 23 startups brasileiras como um unicórnio (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão).
Com o investimento, a intenção da startup é desenvolver novos produtos e apostar na expansão internacional da operação. Além disso, a contratação de novos funcionários também está no radar da Dock.
“Encerrando esta rodada de captação, estamos entusiasmados em continuar inovando e expandindo enquanto criamos produtos que ajudam nossos clientes a crescerem e fornecerem serviços financeiros rápidos, eficientes e personalizados aos seus usuários”, afirma em nota Antonio Soares, presidente da Dock.
Atualmente, a empresa atende clientes com foco em serviços de pagamento, crédito, cartões e APIs bancárias para fintechs. Com uma plataforma em nuvem, a startup consegue oferecer serviços financeiros prontos para outras empresas — a intenção é que seja um produto a menos para que os clientes se preocupem no dia a dia. De acordo com a startup, já são 300 clientes e cerca de 65 milhões de contas ativas só na América Latina.
A rodada de captação desta quinta é a primeira desde o aporte de US$ 170 milhões recebido em 2020, quando a startup ainda se chamava Conductor. Agora, o novo aporte entra para a lista dos maiores cheques investidos em startups brasileiras em 2022, atrás apenas de Neon e Creditas.
“Este investimento valida nossa visão de trazer grandes soluções para o mercado que resolvem problemas reais de negócios para nossos clientes, aumentando e democratizando o acesso a serviços financeiros. Agregamos valor porque pagamentos e serviços bancários são negócios complexos globais com especificidades locais, e entendemos isso melhor do que ninguém”, explica Soares.
Com o investimento, a empresa, que foi rebatizada em 2021 edpois de cerca de 20 anos de existência, elevou sua avaliação de mercado para US$ 1,5 bilhão, mas não se vê como “unicórnio”.
A companhia entende que a empresa segue um caminho diferente das demais empresas de tecnologia no País. Para eles, o status mágico não é aplicável ao seu modelo de negócios.
"Como uma empresa de 20 anos, e que foi transformada ao longo dos últimos 8 anos, a Dock entende que seu caminho é diferente daquelas tradicionalmente denominadas de unicórnios. Durante este período, a Dock acumulou diversos aprendizados com o mercado de startups e atuais unicórnios, mas vem em um caminho diferente”, afirmou a Dock ao Estadão.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.