Loft fecha maior aporte do Brasil após 'chorinho' de US$ 100 milhões

Com o investimento, a startup de compra e venda de imóveis está avaliada em US$ 2,9 bilhões

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Foto do author Guilherme Guerra
Atualização:

Após receber um aporte de US$ 425 milhões em março, a startup de compra, reforma e venda de imóveis Loft está aumentando a rodada: a empresa anunciou ontem que recebeu mais US$ 100 milhões. Com o “chorinho”, a Loft agora soma US$ 525 milhões recebidos em 2021 e, de quebra, registrou a maior rodada de investimentos da história entre startups do Brasil. 

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Com o montante a empresa atingiu avaliação de mercado de US$ 2,9 bilhões. O fundo Baillie Gifford participa do novo aporte, junto com investidores tradicionais da startup, como Caffeinatted, Flight Deck e Tarsadia. Empreendedores conhecidos no mercado, como os fundadores da Better Mortgage, GoPuff, Instacart, Kavak e Sweetgreen, também participaram desta quarta rodada de investimento, que eleva o valor total do patrimônio líquido da startup para US$ 800 milhões.

Segundo a empresa de inovação Distrito, esse é o maior cheque do ano, superando os US$ 400 milhões recebidos pelo Nubank, os US$ 212 milhões da Loggi, os US$ 190 milhões do MadeiraMadeira e também os US$ 125 milhões da Hotmart.

De acordo com a Distrito, é também o maior cheque da história do ecossistema brasileiro de startups. O valor supera o investimento série G do iFood (US$ 500 milhões) e série G do Nubank (US$ 400 milhões).

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Os fundadores e CEOs da Loft, Mate Pencz e Florian Hagenbuch, agradeceram o aporte. “Esses investimentos vão nos permitir executar os nossos planos de forma mais rápida. Estamos felizes e satisfeitos porque temos investidores altamente experientes e comprometidos com o longo prazo na Loft, pela segunda vez em um mês”, disse Pencz ao Estadão

Fundada em 2018, a Loft encarou entraves do mercado imobiliário brasileiro ao tentar utilizar dados para a venda e compra de imóveis Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Expansão

A startup afirma que o cheque será utilizado inicialmente para comprar mais apartamentos em São Paulo e Rio de Janeiro, capitais em que a empresa atua comprando imóveis, bancando reformas e vendendo para os clientes. Esse processo é turbinado com o que a empresa chama de “modelo de avaliação automatizada”, em que uma inteligência artificial é abastecida com diversos dados locais e ajuda a precificar o preço do imóvel. 

Há, também, planos de chegar a outras capitais do Brasil até o final do ano. “Vamos seguir investindo em tecnologia para melhorar a operação e, para isso, prevemos um forte volume de contratações nos próximos meses”, afirma Pencz. 

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Além disso, desde 2020, a Loft oferece ferramentas de financiamento, movimentando R$ 2 bilhões em crédito imobiliário – em setembro, a Loft comprou a Invest Mais, que aproxima clientes de opções de financiamento imobiliário. 

Porém, a Loft ainda não fala de planos de IPO. “É preciso levar em consideração que ser uma empresa privada possibilita, muitas vezes, ser mais ágil nas decisões. Por meio desta rodada já foi possível atrair montante e base de investidores que não deixam a desejar na comparação com um IPO”, afirma o CEO da startup. 

 

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