Ao contrário dos processos velozes das startups, a maior parte das empresas resiste em se “digitalizar” — seja porque não sabem como fazer a mudança, seja porque não querem tomar riscos em um cenário de incertezas. É para impulsionar esses negócios tradicionais que nasce a We.Bridge, companhia de transformação digital criada em parceria entre a escola digital de negócios Startse e a aceleradora GoK.
A WeBridge nasce cerca de sete meses depois de a StartSe levantar R$ 75 milhões em rodada liderada pela Pátria Investimentos. Atuando como consultora para as empresas tradicionais, a companhia irá se lançar ao mercado com soluções conjuntas a partir da expertise adquirida pela própria StartSe e GoK.
Para Piero Franceschi, sócio da StartSe, a escola digital irá buscar o próprio portfólio de clientes para levá-los à WeBridge, inserindo a nova empresa nos cursos, programas e webinars. Já a GoK fará a aplicação do projeto de digitalização nas empresas. “A WeBridge soma a capacidade de atração de clientes da StartSe com a execução da GoK”, explica ele ao Estadão.
Na prática, a operação deve ser “sob demanda” e não haverá uma fórmula fixa para cada cliente. “A WeBridge entra na estratégia, criação de produtos e serviços e no entendimento do negócio. E só então construímos e lançamos um novo produto, um aplicativo, um serviço, uma nova startup, tanto faz. São ene negócios possíveis”, explica Cristiano Kanashiro, presidente executivo da GoK e também professor da StartSe.
A expectativa é atrair empresas médias e grandes, sejam estes negócios familiares ou não, e ter até 30 clientes até o final de 2023, quando espera somar R$ 30 milhões em faturamento.
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