Startup Cayena levanta R$ 20 mi para ‘temperar’ cozinhas com tecnologia

Na plataforma da Cayena, os estabelecimentos fazem uma lista de compras e o sistema mostra a combinação de distribuidores ideal para atender o pedido

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Atualização:

Do lado de fora dos restaurantes, a digitalização avançou nos últimos anos: plataformas de delivery com iFood, Rappi e Uber Eats conseguiram conectar os estabelecimentos com os consumidores por meio de aplicativos. Com a ideia de levar essa mesma transformação para dentro das cozinhas, a startup Cayena anuncia nesta segunda-feira, 13, um investimento de R$ 20 milhões. 

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A rodada foi liderada pelo fundo europeu Picus Capital e teve a participação de outros nomes como MSA Capital (investidor do Nubank), Coca-Cola Femsa, Astella Investimentos, FJ Labs, Canary e Norte Ventures. 

Fundada em 2019 por Pedro Carvalho, Raymond Shayo e Gabriel Sendacz, a Cayena é dona de um marketplace que conecta cozinhas a fornecedores de produtos. A startup atende estabelecimentos como restaurantes, bares, hotéis e dark kitchens – uma proposta que lembra a da startup colombiana Frubana, que iniciou operações no País em junho.

Fundadores da Cayena:Raymond Shayo (E), Pedro Carvalho eGabriel Sendacz Foto: Tiago Queiroz/Cayena

“Hoje, a maioria dos restaurantes que precisa repor o estoque de insumos vai até atacados. Em geral, esses mercados ficam longe dos centros, é difícil comparar preços e há pouca opção de marcas”, afirma Carvalho, que conheceu os outros sócios durante a faculdade, no Insper. “Escolhemos esse setor para atuar depois de uma pesquisa bem analítica, em que estudamos diferentes mercados para identificar um grande problema”. 

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Na plataforma da Cayena, os estabelecimentos fazem uma lista de compras e o sistema mostra a combinação de distribuidores ideal para atender o pedido – para isso, a startup cruza informações como prazo de entrega e forma de pagamento. O marketplace é fechado: a Cayena faz uma triagem de fornecedores, com etapas de testes, antes de incluí-los como opção para os restaurantes. Quem faz o trabalho de logística são os fornecedores, e a maioria das entregas são feitas de um dia para o outro. 

Em vez de cobrar mensalidade, a Cayena optou por um modelo de negócios que cobra uma taxa sobre o valor transacionado na plataforma. A empresa acredita que será favorecida pela mudança de mentalidade que a pandemia trouxe para o setor:“Os restaurantes que ficaram abertos começaram a perceber que o processo de compras offline e desorganizado prejudica os negócios, ainda mais quando há falta de abastecimento”, diz Shayo. 

Fermento

Com os novos recursos, o plano é crescer o quadro de funcionários: a Cayena tem hoje 25 pessoas e espera contratar 100 no próximo ano, principalmente na área de tecnologia. 

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Apesar de ainda estar focada no Estado de São Paulo, a startup já mira expandir para a América Latina no longo prazo. O primeiro passo foi a mudança para um nome com apelo internacional: a empresa iniciou a operaçãocom o nome Poupachef e, neste ano, trocou por Cayena. 

“Resolvemos uma dor comum da região, cujo mercado é super fragmentado com milhares de distribuidores”, afirma Carvalho. “Nosso maior desafio hoje é não abraçar todos problemas ao mesmo tempo, e focar em construir produtos bons aos poucos. É um setor carente de serviços, incluindo a parte financeira, que também está no nosso radar”. 

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