A startup de compra e venda de imóveis EmCasa anuncia nesta quinta-feira, 24, que recebeu um aporte de R$ 20 milhões, com participação dos fundos Monashees, NBV, Pear Ventures, Caravela e também do MELI Fund, do Mercado Livre. Com os novos recursos, a empresa carioca planeja expandir seu serviço para mais bairros de São Paulo e Rio de Janeiro, além de sofisticar sua tecnologia de recomendação de imóveis baseada em algoritmos.
Fundada em 2018, a EmCasa é dona de uma plataforma que conecta compradores e vendedores de imóveis. A startup usa tecnologia para entender o perfil do cliente, oferece uma ferramenta de visitas digitais em 3D, e também permite a aprovação de crédito online, com parceria com os principais bancos do País.
“Trabalhamos com recursos tecnológicos mas os processos também têm assessoria de especialistas de vendas contratados pela EmCasa. Fazemos essa mistura entre o mundo digital e o offline”, diz o engenheiro Gustavo Vaz, presidente executivo da EmCasa. A equipe de vendas é inclusive uma das apostas da empresa para se destacar no mercado de compra e venda de imóveis, que já tem grandes nomes como Loft e QuintoAndar, duas startups que já atingiram a avaliação de US$ 1 bilhão.
A EmCasa atua hoje em 20 bairros no Rio de Janeiro e em 60 locais em São Paulo. Segundo a empresa, a plataforma fecha em média 50 transações por mês —o que resulta no valor de R$ 30 milhões transacionados mensalmente. “Em vez de crescer a qualquer custo, nos últimos dois anos temos focado em bairros específicos, para amadurecer nosso produto e investir em tecnologia”, afirma Vaz.
O modelo de negócio da startup é baseado em comissões sobre os negócios fechados (cerca de 5%, dependendo do local). O novo cheque é o terceiro aporte levantado pela empresa: anteriormente, a EmCasa já havia levantado R$ 28 milhões em investimentos de fundos como Monashees, Maya Capital e Canary.
Expansão
Agora, com o aporte, a startup vai inicialmente expandir sua operação para outros bairros em São Paulo, principalmente na Zona Norte e na Zona Sul. Para o segundo semestre de 2021, a EmCasa pretende levar seu serviço para outras cidades —estão no radar locais como Belo Horizonte, Brasília e Salvador.
Durante a pandemia, a empresa sentiu impacto no começo da quarentena, mas já percebe sinais de retomada. “A pandemia foi extremamente dinâmica no mercado imobiliário. Em um primeiro momento, vimos parte dos clientes segurando a compra de imóveis. A partir de junho, porém, com o cenário menos incerto, voltamos a registrar crescimento”, diz o presidente executivo da startup.
A empresa afirma que, antes da pandemia, transacionava R$ 20 milhões por mês na plataforma, número que chegou a R$ 30 milhões nos últimos meses. “Soluções digitais da EmCasa, como o tour virtual e a recomendação de imóveis personalizada para visitas mais assertivas, tornaram-se necessidade”, afirma Vaz. A startup tem 100 funcionários hoje e pretende expandir sua equipe para 150 pessoas até o final do ano.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.