A startup de comida saudável Liv Up anuncia nesta terça-feira, 21, que recebeu um aporte adicional de R$ 50 milhões da Globo Ventures, empresa de investimentos do Grupo Globo. O cheque eleva a rodada anunciada em junho para um total de R$ 230 milhões.
Apesar do “chorinho”, os planos da Liv Up continuam os mesmos. Depois de chegar ao mercado em 2016 com refeições congeladas, a foodtech tem focado na expansão do portfólio de produtos: desde o início de 2021, a Liv Up ampliou seu cardápio de 200 para 500 itens e planeja ultrapassar a marca de 1000 até o fim do ano. A ideia da empresa é se tornar um grande supermercado digital de comida saudável.
"Levantamos esse aporte adicional mais pela parceria estratégica com a Globo Ventures do que pelo capital em si. Com a rodada de R$ 180 milhões, já tínhamos o dinheiro que precisávamos para nossos projetos", afirma Gabriel Eisencraft, diretor financeiro da empresa, ao Estadão. "Vamos seguir com a expansão do portfólio e o Grupo Globo também nos ajudará com estratégia de mídia em um momento em que queremos alavancar nossa comunicação".
O cheque de R$ 180 milhões anunciado em junho foi liderado pela Lofoten Capital, que já investiu em empresas como Loggi e Robinhood. Participaram também investidores como Rob Citrone (fundador da Discovery Capital), Milton Seligman e Ricardo Rolim (ex-executivos da Ambev), e Christian Egan (ex-Itaú) – fundos que já investiam na startup, como ThornTree Capital Partners e Kaszek, acompanharam o aporte.
Além da operação de marmitas congeladas, que atende atualmente 50 cidades brasileiras, a Liv Up oferece delivery de saladas e pizzas com produtos naturais e orgânicos. A startup também lançou recentemente em São Paulo uma divisão de produtos de mercado como hortifruti, açougue, peixaria e laticínios – esse serviço deve chegar ao Rio de Janeiro em outubro e para novas cidades em 2022.
Para oferecer os alimentos, a foodtech conta com uma rede de produção orgânica e familiar de aproximadamente 40 produtores parceiros. Segundo Eisencraft, parte dos novos recursos também será usada para investir em tecnologia na logística, como no aprimoramento de algoritmos de roteirização das entregas – a Liv Up afirma entregar hoje cerca de 400 mil refeições mensalmente.
O mercado de alimentos saudáveis e orgânicos está na mira das foodtechs. Outro nome brasileiro no setor é a Raizs, que oferece cestas de orgânicos por assinatura ou por compra diretamente no site. Criada em 2016 em São Paulo, a startup vem triplicando de tamanho todos os anos.
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