A Zee.Dog, marca de acessórios para animais de estimação, anunciou nesta quinta-feira, 2, ter recebido um aporte de R$ 100 milhões da gestora brasileira TreeCorp. Criada em 2012 pelos irmãos gêmeos Thadeu e Felipe Diz e o sócio Rodrigo Monteiro, a empresa tem operação em 23 países e lançou no ano passado o Zee.Now, serviço que oferece entrega em domicílio de diversos itens de pet shop, 24 horas por dia, incluindo rações e remédios. “Esta é a primeira rodada de aportes que fazemos desde a criação da Zee.Dog. Pensamos no que poderíamos fazer com um pouco mais de recursos para acelerar a expansão”, explica Thadeu ao Estadão.
Segundo a empresa, os recursos captados na rodada serão utilizados para acelerar o serviço da Zee.Now no Brasil e lançá-lo no mercado americano, começando pelas cidades de Nova York e Seattle. Hoje, a Zee.Now está presente em 140 bairros de Rio de Janeiro, São Paulo e Niterói. “Vamos chegar ao ABC Paulista no mês que vem e Curitiba em até dois meses. Recife e, provavelmente, Belo Horizonte devem chegar no final do ano. Já a expansão nos Estados Unidos será feita em 2021”, afirma Thadeu.
Na operação, a TreeCorp adquiriu uma participação minoritária relevante na Zee.Dog – Monteiro e os irmãos Diz seguem com o controle da empresa, afirmou o executivo. Já a paulistana TreeCorp tem investimentos em empresas como o Café Suplicy, os laboratórios CDB e a rede de hamburguerias Cabana Burger.
A empresa está vendo um crescimento acelerado neste início de 2020, com mais consumidores de olho na compra online de produtos e serviços por conta da pandemia do novo coronavírus: segundo a companhia, sua receita cresceu 35% no primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019. No ano passado, o faturamento da empresa chegou a R$ 100 milhões, em crescimento de 42% contra a temporada anterior.
A transação faz parte de um momento aquecido no mercado de produtos para animais de estimação: no último semestre, o e-commerce PetLove recebeu duas rodadas de aporte, lideradas pelo grupo japonês SoftBank e pelo L. Catterton, respectivamente. Enquanto isso, empresas de varejo tradicional do setor, como a Petz, estão de olho em uma abertura de capital. “Fico feliz em ver que o mercado está reconhecendo o valor do setor pet, que é resiliente em meio a crises e tem muito potencial, mas era subestimado há alguns anos”, diz o executivo da Zee.Dog.
Novos projetos incluem loja conceito e até roupas – para humanos
Os recursos também poderão ser utilizados para que a empresa lance novos produtos – um dos planos é uma divisão de alimentos, a Zee.Dog Kitchen, com ração seca e também alimentos úmidos. Outro plano da empresa é o lançamento de uma divisão de roupas… para humanos, com o “mesmo espírito” que os acessórios da empresa trazem. “Hoje, ter um animal de estimação é um estilo de vida e a Zee.Dog representa isso. Ouvimos muitos usuários dizendo que queriam roupas e acessórios da marca para eles, não só para os pets”, explica Thadeu.
Outro plano é a abertura do Zee.Dog Temple, uma loja de 600 metros quadrados em São Paulo, no bairro dos Jardins. A expectativa é de que o local abra as portas em novembro, com direito a um espaço para cachorros (dog park), café, bar e venda de itens da marca. “Vamos abrir até o final do ano”, explica o executivo, que hoje comanda uma equipe de cerca de 350 funcionários espalhada pelo mundo – hoje, a Zee.Dog tem cinco escritórios em países como Brasil, Espanha, EUA e China.
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