Quando assistiu a Guerra nas Estrelas, de George Lucas, em 1977, James Cameron ficou extasiado. Ainda assim, saiu da sessão certo de que faria melhor. Cameron era só um motorista de caminhão, apaixonado por ficção científica e cinema – principalmente o lado técnico da coisa. Determinado, fez um curta de 12 minutos chamado Xenogenesis. O filminho deveria servir como cartão de visita para que algum estúdio se animasse a bancar uma versão mais elaborada da batalha entre um robô alienígena e uma mulher com um exoesqueleto. As coisas não saíram como esperado. Trinta e dois anos e muitos filmes depois (entre eles, Titanic, que segue como maior bilheteria da história), Cameron tenta com Avatar enfim desbancar Guerra nas Estrelas. Toda a tecnologia desenvolvida por ele, somada ao novo 3D digital, querem no fundo só fascinar e surpreender a plateia. O que, no fim das contas, é parte da própria essência do cinema, desde a sua criação, há mais de um século. AVATAR • COREOGRAFIA – Câmera virtual determina movimentação da cena. Trabalho de James Cameron (foto) orienta cada "tomada" e se reflete na versão final • SENSORES – Macacões com milhares de sensores somados a uma câmera quase colada ao rosto dos atores registram cada movimento e expressão • 3D – Para cenas em ambientes reais foram desenvolvidas, pelo cinegrafista Vincent Pace, câmeras mais leve e ágeis que filmam em 3D e 2D ao mesmo tempo • VERSÃO FINAL – Monitor especial mostra simulação da versão final durante as filmagens. Tecnologia dá total liberdade de movimento e ação ao diretor • CENÁRIO – Em um imenso hangar, atores atuam cercados de câmeras digitais. Processo cria a cena 3D que mais tarde será coreografada e finalizada
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