A Microsoft Research e a Nasa se uniram para montar “a cobertura de Marte mais completa e de mais alta resolução já feita”. No site Telescópio WorldWide (WWT), qualquer um pode explorar o espaço passeando pelos astros ou fazendo tours guiados. O WWT é um programa de visualização mantido pela Microsoft que pretende reunir as melhores imagens vindas de satélites que vasculham o universo e fazer com que cada computador funcione como um telescópio virtual.
Essas imagens disponíveis são o resultado do trabalho manual de um grupo informalmente chamado de “Mapmakers” – fazedores de mapas em inglês – liderado por Michael Broxton, da Nasa. O trabalho deles é pegar imagens de satélite de Marte e de outros lugares do nosso sistema solar e transformá-las em mapas.
Dan Fay, um dos diretores da Microsoft Research, trabalhou com Broxton para transformar esses mapas em uma experiência imersiva para o Telescópio WorldWide. “A Nasa tinha as imagens e eles estavam abertos para novos jeitos de compartilhá-las. Com o WWT, nós pudemos construir uma interface que permite que as pessoas tirem proveito do ótimo conteúdo que eles têm”, afirmou.
Um exemplo do tipo de imagem usada para montar a visualização são as provenientes da nova base de dados do Experimento de Imagens em Alta Resolução em Ciência (HiRISE, na sigla em inglês) da Universidade do Arizona. O projeto conta com uma câmera com sensores remotos na Mars Reconnaissance Orbiter, o programa de exploração de Marte da Nasa, que captura imagens em altíssima resolução – cada uma tem um gigapixel. A equipe do HiRISE, então, costura cada uma das 13 mil imagens do banco em um grande mapa. Segundo a Nasa, esse é “o mapa de mais alta resolução da superfície de Marte já construído”.
O Telescópio WorldWide pode ser acessado pelo próprio site do projeto (que requer o Silverlight da Microsoft) ou por um aplicativo de desktop.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.